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Empreender na saúde, na América Latina, é um desafio mesmo aos mais experientes

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Em um mercado tão sensível, a forma se tornou tão importante quanto o conteúdo.

Composta por uma rede de regulações complexas, em que os próprios agentes reguladores são permeados por interesses políticos e econômicos próprios, que oscilam com a representatividade de instituições cujos posicionamentos e decisões são extremamente dinâmicas, a saúde no Brasil segue instável e imprevisível.

Liderando entre os maiores índices inflacionários, de forma galopante, muito acima das médias da maioria das demais áreas da economia, a saúde detém custos de gestão de pessoal técnico famigerados por abarcarem percentuais médios que consomem de 30 a 50% do orçamento total das diversas instituições de diferentes complexidades, tanto no mercado público quanto privado.

Reverter o alto investimento dessa mão de obra técnica, altamente especializada, em resultados que tragam sustentabilidade e resultados financeiros favoráveis às instituições é um desafio para os agentes já estabelecidos ou que desejem se aventurar no promissor — e ao mesmo tempo desafiador — mercado de saúde nacional.

Cada um dos agentes empreendedores customiza solução própria para protagonizar mudanças competitivas em busca de melhores resultados a partir da gestão desse caro e especializado pessoal técnico, em um contexto de escassez de disponibilidade da mão de obra especializada no mercado, entrelaçado pelo corporativismo das classes profissionais que tomam defesa nas barreiras existentes nas entrelinhas da emaranhada trama de regulação dos agentes reguladores, com objetivos muitas vezes frustrados em parte ou em todo, mesmo com estratégias elaboradas pelos mais experientes gestores.

Ao exemplo do mercado privado, os players que se destacam com resultados poéticos no atual cenário caótico de crise financeira que abala as maiores instituições de saúde do mercado privado focaram em aproveitar o potencial de produtividade ociosa da mão de obra profissional, combatendo corporativismos a partir de estratégias acirradas de medição e monitoramento minucioso de produção e tempo, em tempo real, fugindo da seara idealística de um sem limites da autonomia profissional médica — que é incontrolável neste contexto — para pousar-se sobre um ambiente de regramento que busca equilíbrio seguro nos limites reguladores.

O equilíbrio entre a qualidade segura para redução de riscos e a satisfação desejada dos usuários para impulsionar a expansão do negócio é o ponto nevrálgico da dor cuja a aplicação do remédio — e de que remédio escolher — é a maior busca atual dos mercados de saúde.

Nesta truncada rede de agentes com interesses diversos, voláteis e sensíveis às diversas opiniões e interpretações, estratégias que estabelecem alicerces administrativos sólidos, embasados com o devido conhecimento técnico e jurídico regulatório, consolidando alto grau de organização e precisão, são essenciais para a primeira blindagem estrutural dos distintos negócios de saúde. O estabelecimento de processos administrativos estrategicamente desenhados neutralizam espaços de subjetividade, reduzindo riscos e criando caminhos mais retilíneos para a construção de melhores resultados.

A partir daí, com o devido polimento das arestas técnico-administrativas-jurídicas, embasado em processos claros e gerenciáveis, instala-se os alicerces para a implantação de cultura justa, envolvendo as pessoas em um ambiente de respeito e relacionamento, com ambiência motivacional construtiva que se reverte em resultados sustentáveis a curto, médio e longo prazo.

A Boas Novas Gestão de Saúde entendeu esse desafio desde o advento dos primeiros caminhos que abriram possibilidade para a terceirização de equipes de saúde, já há 9 anos. Identificou como um enorme potencial de melhoria da qualidade assistencial — que tomou por missão principal institucional — e de oportunidade no mercado para apoiar instituições públicas e privadas, comportando-se como importante remédio à esta dor principal.

Imergimos em customização de soluções de processos, a partir da análise dos trabalhos estabelecidos em cada unidade, desde o início de nossa atuação em cada uma delas, em que algumas instituições se portam de forma mais rudimentar, ainda restrita às memórias das pessoas, e em outras com processos mais elaborados, construídos de forma organizada e já gerenciável. Nosso papel é nos adequarmos a cada uma de nossas operações a que somos delegados, em acordo com as necessidades e objetivos estabelecidos pelas instituições que nos confiam este papel, implantando os alicerces de cultura justa e de relacionamento, através da implantação de novos processos ou mesmo melhorias daqueles que já existem e treinamento com alinhamento das equipes administrativas e assistenciais.

Só se faz gestão efetiva do que se monitora bem. As centenas de operações são acompanhadas, individualmente, em nossos painéis de previsão de presença, confirmada com cada profissional da assistência 24h antes que elas se iniciem; também a entrada e saída de nossos profissionais médicos de cada unidade é registrada e acompanhada de forma minuciosa através das nossas equipes de monitoramento administrativo, na maioria delas com aplicações próprias que trazem acompanhamento de presença em tempo real, a partir de tecnologia de georreferenciamento; a quantidade de atendimentos é monitorada através de análises dos dados dos diferentes sistemas a partir de extração de relatórios ou APIs customizadas pelas nossas equipes de TI; a qualidade dos atendimentos analisada através da apuração técnica de nossa equipe de qualidade e coordenação técnica; a satisfação dos usuários medida e acompanhada através de ferramentas desenvolvidas, embasadas na metodologia de NPS.

Tudo isso com políticas de metas compartilhadas e devolutivas individuais aos profissionais atuantes na assistência e em grupos, de forma contínua e periódica. A partir disso, a análise de resultados através do acompanhamento de indicadores assistenciais como produtividade, permanência e cada um dos desfechos possíveis se tornam parte das rotinas e da cultura das equipes que são envolvidas de forma relacional e propositiva.

Desde lá, nesses 09 anos de existência, a Boas Novas apoia centenas de unidades, no que especializou-se em transformar os cenários mais críticos de disrupção de valores institucionais pelas equipes governadas por corporativismo e improdutividade, convertendo em melhorias de performance sob cultura justa, respeito e relacionamento, alicerçada sob processos que fortalecem indicadores quanti-quali assistenciais e com economia e propulsão financeira.

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* Diogo Vinícius é médico pela Unicamp, CEO da Boas Novas Gestão de Saúde.