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Brasil utiliza tecnologia pioneira para tratamento da fibrilação atrial

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O Brasil realizou suas primeiras cirurgias utilizando a tecnologia FARAPULSE, em São Paulo e Rio de Janeiro. Esse procedimento promete maior segurança no tratamento da arritmia cardíaca, principalmente para pacientes mais frágeis. Saiba mais!

O Brasil deu um passo significativo no tratamento da fibrilação atrial (FA) ao realizar suas primeiras cirurgias utilizando a tecnologia FARAPULSE™. O procedimento, denominado Pulsed Field Ablation (PFA) ou Ablação por Campo Pulsado, foi realizado em quatro hospitais de São Paulo e Rio de Janeiro: BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, InCor, Sírio-Libanês e Icaraí. 

"A efetividade é muito semelhante a outros sistemas de ablação térmica, mas com uma vantagem na segurança por não gerar lesão no esôfago, nas veias pulmonares e no nervo frênico, além de reduzir o risco para pacientes mais frágeis, como idosos ou aqueles com saúde debilitada. O futuro é muito promissor no Brasil com a introdução desta nova tecnologia, que oferece uma vida mais confortável para a maioria dos pacientes e mais longa para aqueles que precisam deste tratamento", afirma o Dr. Maurício Scanavacca, cardiologista e diretor da unidade clínica de arritmia e marcapasso do InCor (HC-FMUSP).

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Segurança e eficácia do novo procedimento para tratamento da fibrilação atrial

Para garantir a segurança e eficácia dos procedimentos, as equipes médicas contaram com o apoio de especialistas conhecidos como Expert P's. Esses profissionais passaram por uma formação intensiva que pode levar até 18 meses, incluindo treinamentos práticos nos EUA e Europa, além de terem realizado pelo menos 50 procedimentos ao vivo com o FARAPULSE™.

Além de executar os procedimentos, eles também ajudam na formação de novos especialistas, contribuindo para o avanço contínuo da tecnologia. 

“Nesta primeira semana de procedimentos, os médicos puderam constatar o potencial transformador do FARAPULSE™, oferecendo aos pacientes um tratamento seguro, ágil e eficiente. Nossos esforços agora estão focados na expansão para possibilitar o acesso à tecnologia em todo o território nacional”, afirma Kalyne Terumi Chagas, diretora da área de Ritmo Cardíaco na Boston Scientific Brasil. 

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O que é Fibrilação Atrial? 

A Fibrilação Atrial (FA) é uma das arritmias mais comuns, afetando cerca de 1,5 milhão de brasileiros anualmente, sendo assintomática em 40% a 50% dos casos. Em seu estágio inicial, denominada FA Paroxística, os pacientes desenvolvem episódios recorrentes de arritmia que se resolvem espontaneamente em até uma semana.

Os sintomas incluem palpitações, batimentos cardíacos irregulares, solavancos ou baques, e sensação de aceleração cardíaca, com dor ou desconforto no peito. 

Se não tratada, a FA pode evoluir para fibrilação atrial persistente e permanente, sobrecarregando o coração e causando insuficiência cardíaca. Além disso, a doença estimula a formação de coágulos, que podem levar a infartos ou AVCs.

Estudos indicam que pessoas com fibrilação atrial têm, em média, cinco vezes mais chances de sofrer um AVC incapacitante

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Como funciona o novo procedimento 

A ablação consiste na introdução de um catéter através de uma artéria na perna do paciente, guiado até o coração. Utilizando campos elétricos, o procedimento destrói apenas as células responsáveis pela arritmia, evitando danos às áreas próximas, como a parede do esôfago. O procedimento dura entre 30 e 60 minutos. 

Com essa nova tecnologia, o Brasil dá um passo importante no tratamento da Fibrilação Atrial, proporcionando uma alternativa segura e eficaz para muitos pacientes. 

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