O incêndio trágico da boate Kiss, que aconteceu em janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria (RS), é exemplo de colaboração entre profissionais e instituições de saúde do País. No dia seguinte à tragédia, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA) usou tecnologia de vídeo colaboração para auxiliar os médicos locais a prestarem socorro às vítimas.

Dois pontos físicos de conexão foram disponibilizados, sendo um com a cidade de Santa Maria e o outro por meio da plataforma da secretaria. Cerca de 15 médicos, especialistas em aparelho respiratório e cirurgia plástica, de todo o Brasil e alguns do exterior, estavam em conferência, em tempo real, com os médicos de Santa Maria. Dessa forma, os médicos puderam trocar conhecimento e orientações no mesmo momento até de cirurgias.

O órgão estadual possui quatro salas de vídeo colaboração no escritório central em Curitiba com plataformas que conectam hospitais e hemocentros para ações de atenção e vigilância em Saúde. A solução, de tecnologia Polycom, tem ajudado a agilizar as comunicações na intervenção imediata em caso de epidemias, no ensino a distância (EAD), treinamentos e reuniões técnicas.

A SESA empresta sua infraestrutura inclusive para as Secretarias da Educação, no alinhamento das diretrizes educacionais nas cidades, da Justiça e de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social – área da Família.

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Mais agilidade na decisão – Vídeo colaboração em Saúde 

A adoção das videoconferências surgiu pela necessidade de agilizar as tomadas de decisões, “pois o estado do Paraná  tem aproximadamente 200 mil km² e 399 municípios e os diretores da SESA das 22 regionais deslocavam-se com frequência para Curitiba para as reuniões, incluindo as emergenciais, gerando elevadas despesas”, explicou Manoel Paiva, diretor de TI da SESA, responsável por tecnologia da informação e comunicação do Paraná.

O custo médio de uma reunião presencial, considerando viagem, motorista, carro e o diretor da regional, girava em torno de 10 mil reais. A secretaria realiza cerca de 20 reuniões mensais de todos os seus setores projetando uma despesa média mensal de 200 mil reais. “A partir de 2012, reduzimos em 70% a quantidade de viagens para o interior do estado, além de saltarmos para 50 reuniões mensais via plataforma de vídeo colaboração, com número de participantes entre 40 e 50 pessoas, agilizando decisões e ações”, relatou Paiva, em comunicado ao mercado. Igual porcentual de 70% foi alcançado em termos de ganho de produtividade.

Para 2016, a SESA avalia duas novas aplicações da plataforma. A área de TI estuda um projeto em que os municípios recebam um equipamento de videoconferência da secretaria via as regionais. Cada uma das 22 regionais de saúde englobam de oito a 30 municípios, proporcionando a expansão da vídeo colaboração nas reuniões e ações da secretaria da saúde. A outra aplicação refere-se ao uso de smartphones por superintendentes e diretores da SESA nas videoconferências.

 Os resultados:

  • Modelo de aplicação do poder da colaboração humana
  • Aumento de 70% de produtividade
  • Economia de 200 mil reais mensais
  • Atende a 7 mil usuários de 22 regionais
  • Redução de 70% das viagens