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Semana da Saúde: Pilares para a adoção de Big Data

Article-Semana da Saúde: Pilares para a adoção de Big Data

Tecnologia-na-medicina
Escolher a arquitetura tecnológica ideal e treinar a equipe são dois deles; ferramenta permite análise populacional e descoberta de padrões de doenças

Identificar, coletar, processar, analisar e armazenar dados que, antes, eram inacessíveis, e transformá-los em informações para a tomada de decisões assistenciais e de gestão. Essa é a premissa da análise do Big Data. Mas, para usufruir dos benefícios da tecnologia e garantir a confiabilidade das informações, são precisos alguns cuidados na adoção, como explicou a médica Marcia Ito, coordenadora da comissão especial de computação aplicada à Saúde da Sociedade Brasileira de Computação e pesquisadora na IBM Research, durante a 1ª Semana da Saúde*.

Os dados vêm de vários lugares - sistemas de gestão hospitalar (ERP, ou Enterprise Resource Planning), Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), checagem à beira-leito e sensores, além dos registros pessoais feitos pelos pacientes por meio de dispositivos móveis. “Fala-se, hoje, em patient generated health data, que são os dados de saúde gerados pelos pacientes, e como usá-los para transformar a Saúde e melhorar o atendimento e a assistência”, diz Marcia

Veja, a seguir, quatro pontos essenciais para implantar (e ter sucesso) com Big Data :

1.Arquitetura ideal

Como há muitas maneiras de armazenar, adquirir, processar e analisar as informações geradas pelo Big Data, é essencial escolher uma arquitetura tecnológica compatível. “Cada fonte de dado tem características diferentes, incluindo frequência, volume, velocidade, tipo e veracidade dos dados”, explica Marcia. É preciso pensar, também, nas políticas de governança e segurança da informação.

2. Preparo técnico

A parte técnica é fundamental. Os profissionais de Saúde - médicos e enfermeiros - precisam aprender a usar a tecnologia. Para isso, a instituição deve investir em treinamentos que expliquem como as soluções funcionam, que dados devem ser armazenados, como o registro deve ser feito e de que maneira coletar essas informações. Mas, isso deve acontecer sempre, não apenas no início do projeto.

3.Mudança de mindset

A migração para um ambiente digital demanda, além da adesão de tecnologias, mudança de mentalidade. É preciso investir em ações de conscientização sobre a importância da análise do Big Data. “Não se trata apenas de armazenar por armazenar, mas sim, de coletar dados importantes para a assistência: para diagnosticar e tratar enfermidades com mais precisão e segurança. Se os colaboradores estiverem conscientes disso, vão usar a tecnologia com inteligência e vontade”, afirma Marcia. O Big Data, entre outros pontos, possibilita a análise populacional, descoberta de padrões de doenças, possibilidade de estudos e estatísticas mais amplas, e análise dos pacientes de um hospital.

4.Engajamento do paciente

Não basta ter a tecnologia se as pessoas que vão usá-la não estiverem alinhadas. “Se o paciente não estiver engajado, se não entender que precisa passar as informações - não  apenas como controle, mas como prevenção, não há como ter retorno”, afirma Marcia. É essencial mostrar aos pacientes que eles poderão, por exemplo, ter acesso digital a todas as suas informações clínicas, independentemente de onde estiverem, o que os dá mais autonomia sobre seu bem-estar.

Assista à entrevista Big Data e o poder de transformar dados em inteligência e saiba:

  • Os benefícios da tecnologia, como diminuição de glosas e aumento da rentabilidade;Como melhora a relação dos hospitais com as operadoras de Saúde;
  • A importância do big data para a prevenção de doenças;

*A Semana da Saúde, evento virtual organizado pelo portal Saúde Business e pela MV, com apoio estratégico de conteúdo da essense, foi realizada de 4 a 7 de abril de 2017 e mostrou as principais tendências tecnológicas que estão revolucionando o setor de Saúde.

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