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Além das ferramentas digitais: inovação dá suporte à integração e experiência na saúde

Article-Além das ferramentas digitais: inovação dá suporte à integração e experiência na saúde

Além das ferramentas digitais: inovação dá suporte à integração e experiência na saúde

A inovação na saúde carrega uma grande carga de tecnologias como inteligência artificial, machine learning e realidade aumentada, que isoladamente ou combinadas alavancam soluções para todo o ecossistema. Para fortalecer esse movimento, adicionalmente, é preciso considerar aspectos de experiência, integração e colaboração entre os elos da cadeia para um futuro sustentável.

Para se ter ideia, de acordo com um levantamento feito em 2015 pela Commonwealth Fund, para a inovação ser bem-sucedida é preciso investimentos em relacionamentos com especialistas, montar equipes multidisciplinares e aproveitar ao máximo as possibilidades de colaboração.

Nesse sentido, o relatório integrado do Grupo Fleury é uma solução inovadora ao promover maior integração entre as equipes de diferentes áreas para entregar um serviço eficiente de apoio diagnóstico para o médico e uma experiência mais precisa e conveniente para o paciente.

“Não temos buscado fazer a inovação puramente pela inovação. É preciso ser algo que nos traga valor e que complemente a função do médico, que o ajude e não o substitua. Soluções que permitam maior segurança e mais qualidade”, afirma o doutor Gustavo Meirelles, gestor médico de radiologia, estratégia e inovação no Grupo Fleury.

Na entrevista abaixo, Meirelles explica os desafios e os impactos de implementação e uso de ferramentas digitais direcionadas ao setor de saúde. Confira!

Saúde Business: quais são os principais benefícios da integração diagnóstica numa instituição de saúde?

Dr. Gustavo Meirelles: o primeiro é a interface maior entre as equipes, uma vez que já trabalham em conjunto, mas muitas vezes cada um cuida de um exame e do seu relatório. O que precisamos entregar, hoje, para o paciente e para o médico, não são mais exames separados, mas um diagnóstico que seja o mais completo possível.

A título de exemplo, podemos destacar uma interface entre uma tomografia de tórax, uma prova de função pulmonar, análise clínica e estudos laboratoriais. Os médicos e pacientes são beneficiados, assim como a instituição, por essa maior interface, pois evitamos exames repetidos ou desnecessários e assim conseguimos entregar o melhor diagnóstico.

Qual é o impacto desse tipo de mudança para o paciente?

Quando fazemos tudo de forma isolada, o paciente faz diversas visitas, exames separados ou duplicados ou deixa de fazer algum exame que seria fundamental para chegar ao diagnóstico. No final das contas, o custo para o plano de saúde acaba saindo maior quando falamos de relatórios não integrados.

Ao fazer um relatório integrado para o paciente, embora os exames ainda sejam feitos de forma separada, somamos a história clínica com todos os exames realizados, aumentando a eficácia global dos estudos complementares.

Atualmente, o paciente representa algum desafio na implementação e uso de ferramentas digitais?

O paciente está cada vez mais bem informado, no centro do cuidado com a saúde, proporcionando uma maior troca de informações e decisões compartilhadas entre todos: médicos solicitantes, médicos envolvidos na cadeia diagnóstica e o paciente.

Você enxerga resistência na adoção de Inteligência Artificial pelo corpo clínico?

Em relação à inovação na radiologia, eu achei, no início, que nossa equipe ficaria muito temerosa com a Inteligência Artificial (IA). Nós já testamos inúmeras ferramentas, algumas já implementadas no dia e dia e, pelo contrário, eu vi uma equipe muito cooperativa e disposta a ajudar. Não percebi o medo de substituição pela IA, pois ela está vindo para complementar o que já usamos no processo diagnóstico. Sobre o relatório integrado também não vejo barreiras, nem uma refratariedade por parte da equipe.

O uso do relatório integrado pela equipe é um processo crescente. Algumas áreas usam rotineiramente, outras usam em casos selecionados e algumas ainda passarão a usar: é uma questão de tempo.

A que se deve a aceitação?

Algumas coisas não podem ser impostas. Não pode se dizer “a partir do mês que vem todo mundo vai ter que fazer relatório integrado e é isso!”. Isso não funciona. A equipe tem que estar engajada e ver valor nas inovações.

Nós reconhecemos e contemplamos a equipe em nosso programa médico de excelência. Valorizamos quem faz, não impomos. Essa foi uma decisão feita em conjunto com a equipe.

A ferramenta é uma oportunidade de melhorar a troca de conhecimento sobre as condições clínicas com o corpo médico?

Depende de cada área, pois algumas fazem reuniões semanais e levam os casos para discussão. Essa reunião não precisa ser presencial, pode ser uma videoconferência, ligação ou telefonema. Outras fazem por troca de mensagem, e-mails, grupos no WhatsApp. Não importa o meio; o importante é a participação de todos e a decisão conjunta.

De que maneira empresas como a GE podem fazer a diferença no que diz respeito ao desenvolvimento de soluções que atendam aos desafios enfrentados pelas instituições de saúde?

Temos uma grande interface com diversas empresas, incluindo a GE. A ideia é desenvolver e reforçar uma relação de parceria no setor de saúde, em que cada empresa contribui com o que tem de melhor. Este caso é um ótimo exemplo: tínhamos equipe médica e ideia, mas nos faltava uma ferramenta. As empresas podem entrar com o que elas fazem de melhor e nós entrarmos com o que a gente faz de melhor. Não é simplesmente uma solução pontual, é algo que vai ser usado e aperfeiçoado com o tempo.

Quer saber como tornar a inovação realmente parte da rotina no setor da saúde? Aperte o play e confira. 

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