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Diagnóstico assistido por computador e PET/CT facilitam identificação de câncer

Article-Diagnóstico assistido por computador e PET/CT facilitam identificação de câncer

Laptop with medical diagnostic software and stethoscope
Creative abstract healthcare, medicine and cardiology tool concept: laptop or notebook computer PC with medical cardiologic diagnostic test software on screen and stethoscope on black wooden business office table with selective focus effect
Tecnologias prometem identificar com precisão padrões de enfermidades oncológicas e neurológicas, como o câncer primário e o Alzheimer

A medicina diagnóstica dá mais uma passo para melhorar a identificação, prevenção e tratamento de doenças. Assim, como há alguns anos, a chegada de equipamentos como radiografia, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética tornou o processo de análise interna menos invasivo, dispensando o cateterismo, por exemplo, agora a adição de inteligência às tecnologias no diagnóstico por imagem permite encontrar padrões para detecção de doenças neurológicas e oncológicas. É o caso do diagnóstico assistido por computador (computer-aided diagnosis - CAD).

Segundo dados de uma tese feita com mamogramas divulgada pela Sociedade Radiológica da América do Norte (Radiological Society of North America - RSNA), diagnósticos feitos somente com inteligência humana, sem auxílio do CAD, são mais suscetíveis a erros substanciais, ou seja, equívocos que podem causar grandes confusões para os médicos e pacientes. Quando avaliados os resultados por paciente, a média de contradição foi de 23% entre os radiologistas, número que saltava para 51% no caso de residentes. A pesquisa aponta que a utilização da tecnologia reduziu todas as ocorrências de desacordos: em média 63% entre radiologistas assistentes e 28% entre os residentes.

Essa diminuição de erros ocorre porque, por meio, do CAD é possível analisar as imagens separadamente, marcando em cada uma delas as regiões onde podem ser encontradas evidências potencialmente patológicos. O radiologista pode combinar as análises com sua própria leitura, como uma “segunda opinião”, o que ajuda a reduzir a variabilidade da interpretação e aprimorar o diagnóstico e a assistência.

Medicina nuclear

Outra tecnologia muito eficaz é a Tomografia por Emissão de Pósitrons acoplado a uma Tomografia Computadorizada (PET/ CT), realizada pela medicina nuclear. Diferentemente de uma radiografia ou tomografia, cujo objetivo principal é visualizar a estrutura do corpo e identificar lesões, o PET/CT é um exame funcional, ou seja, tem como objetivo identificar o funcionamento do corpo em nível molecular. “Trata-se de uma das grandes promessas para decifrar o enigma do câncer”, diz. Veja a seguir, as áreas que podem ser beneficiadas:

  • Na oncologia: permite detectar o câncer primário, a pesquisa de lesões secundárias em pacientes já com a doença diagnosticado para estadiamento e orientação do tratamento, acompanhamento das lesões existentes como forma de controle de tratamento e cura, além de ser utilizado no controle e investigação de possível recidiva da doença após finalizado o tratamento.

  • Na neurologia: permite o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer e a diferenciação com outros tipos de demência, auxiliando na escolha do tratamento mais adequado; e na epilepsia com o auxílio na localização do foco da epilepsia, aspecto fundamental quando a opção for o tratamento cirúrgico.

“Antes do diagnóstico por imagem, a identificação de doenças neurológicas era quase impossível, já que a possibilidade de realizar um procedimento cirúrgico com a finalidade de constatar um problema era inviável”, exemplifica Paulo Mazzoncini, professor do Centro de Ciências das Imagens e Física Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Algo semelhante acontecia com o diagnóstico do câncer. Como muitas vezes a doença é silenciosa, quando um sintoma era percebido, a enfermidade já estava em fase avançada e dificilmente poderia ser tratada. “Hoje, é possível diagnosticar precocemente este tipo de câncer, o que facilita o tratamento”, completa Mazzoncini.