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4 exemplos de sucesso em case management

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Mais do que qualidade de vida, conceito traz economia real às fontes pagadoras

Coordenar o programa de cuidados dos pacientes é estratégia utilizada para melhorar os resultados clínicos e manter os custos assistenciais sob controle. O conceito, conhecido como case management, consiste em manter um gestor responsável por avaliar o programa e os serviços utilizados, orientar o paciente e seus familiares e colaborar com o médico em busca do tratamento mais efetivo para cada caso.

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O artigo Gerenciamento de caso: um novo enfoque no cuidado à saúde, publicado pela Revista Latino-Americana de Enfermagem, destaca que, na conjuntura brasileira, o case management, ou gerenciamento de cuidado (GC), pode ser benéfico tanto para os usuários como para os prestadores de serviços e fontes pagadoras.

“É importante lembrar que a organização do setor saúde tem sido amplamente discutida durante os últimos anos no Brasil e em muitos outros países, na tentativa de se encontrarem alternativas que orientem o desenvolvimento e o funcionamento dos serviços na nova conjuntura socioeconômica e política, a qual mostra um sistema que se defronta com o problema de elevação de custos dos serviços, no geral de baixa qualidade, com insatisfação do usuário, falta de rede física, dentre outros problemas”, alertam as pesquisadoras. “Nesse sentido, considera-se importante aprofundar o estudo do GC, aplicando-o como uma tecnologia de gestão da clínica.”

Os resultados em case management são medidos por qualidade do cuidado, tempo de permanência, utilização de recursos e controle de custos. Veja como o conceito foi aplicado no Grupo Geriatrics.  

Caso 1: A.J., 92 anos, sexo feminino

Condição de saúde: Portadora de infecção do trato urinário de repetição (ITU), osteoporose e Alzheimer.

Histórico de atendimento: Precisou de duas antibioticoterapias em 15 meses. Agora recebe cuidados pontuais e retorna ao Case Management quando necessário.

Economia: Redução de custos de 80% em 15 meses, porque foram evitadas duas antibioticoterapias hospitalares e duas internações.

Caso 2: M.A.T., de 81 anos, sexo masculino

Condição de saúde: Portador de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), dependente de oxigênio, cardiopata e com hipotireoidismo.

Histórico de atendimento: Passou 91 dias internado em dois hospitais do Rio de Janeiro e foi encaminhado pelo plano de saúde para o programa Office Care (gerenciamento de saúde com equipe multidisciplinar). O programa indicado pela operadora não era o mais adequado e o paciente piorou após cinco  dias em casa. Passa para o home care, com cuidados 24 horas por dia, e para antibioticoterapia venosa por 14 dias. Depois do tratamento, voltou ao Office Care e, a partir de então, não precisou mais ser hospitalizado.

Economia: Redução de custos foi de 67%, se comparada a assistência domiciliar aos custos da antibioticoterapia num CTI.

Caso 3: E.S.V.P, 56 anos

Condição de saúde: Portadora de diabetes tipo 2 (DM2), com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico, Dependente de balão de oxigênio, gastrostomia (GTT), hipertensão arterial sistêmica (HAS)

Histórico de atendimento: Passou 192 dias internada, sofreu traqueostomia (TQT) e desenvolveu úlcera por pressão (UPP) estágio IV. Possuía agitação psicomotora intensa e a família tinha dificuldade para entender seu momento.

Economia: Com a passagem pela unidade de clinic care, a paciente deixou de ser dependente de balão de oxigênio e foi decanulada. Sua medicação foi ajustada, reduzindo a agitação, e ela passou a se alimentar parcialmente por via oral. A úlcera foi superficializada e a família passou por treinamento. A paciente saiu do case management sem necessidade de internação domiciliar. A economia foi de 70%, considerando que a paciente ficaria mais um período hospitalizada e depois seria encaminhada para internação domiciliar.

Caso 4: D.C., 60 anos, sexo masculino

Condição de saúde: Parada cardíaca por infarto agudo do miocárdio (PCR por IAM)

Histórico de atendimento: Passou 60 dias internado e foi direcionado pela operadora para o office care, mas o programa não era adequado, já que havia possibilidade de reabilitação. Foi encaminhado ao clinic care, para reabilitação funcional, e a família foi instruída sobre a nova realidade. O processo durou 65 dias e o paciente foi mantido em case management.

Economia: Com todas intercorrências atendidas em casa, foram evitadas duas internações: uma para a troca da gastrostomia e uma por pneumonia. Evitando uma nova hospitalização de longa permanência, a economia chegou a R$ 150 mil.