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Tecnologias auxiliam no diagnóstico precoce do câncer colorretal

Article-Tecnologias auxiliam no diagnóstico precoce do câncer colorretal

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Médico do Hospital 9 de Julho fala sobre como a evolução da colonoscopia aumenta a possibilidade de identificação dos tumores; instituição promove evento sobre a área durante a Feira Hospitalar, em maio

Identificar um câncer no início aumenta, e muito, as chances de cura do paciente. Por isso, os médicos lançam mão de uma série de exames que possibilitam o diagnóstico precoce. No caso do câncer colorretal, o exame mais indicado é a colonoscopia. “Esses aparelhos evoluíram muito e, hoje, permitem uma visão em alta definição do intestino, o que amplia as possibilidades de identificar o tumor ainda no início”, afirma o Dr. Artur Parada, coordenador de endoscopia do Hospital 9 de Julho.

Além de diagnosticar a doença, a colonoscopia também é usada no tratamento. O médico explica que acessórios com alta tecnologia agregados ao equipamento são utilizados para retirar pequenos tumores ou pólipos (lesões pré-cancerígenas) somente com o procedimento, que é minimamente invasivo. “Dessa forma, o paciente fica menos exposto a complicações e tem uma recuperação mais rápida”, diz.

Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se para 2016, no Brasil, 16.660 casos novos de câncer de colorretal em homens e de 17.620 em mulheres. “É um tipo de tumor que está muito associado ao envelhecimento da população e, por isso, tem aumentado o número de casos nos últimos anos”, explica o Dr. Artur Parada.

Ele destaca que o exame de colonoscopia é indicado para homens e mulheres acima dos 50 anos que não têm histórico familiar. Para quem possui casos na família, a prevenção deve começar ainda mais cedo e a idade certa deve ser avaliada pelo médico do paciente.

“Entre 30% e 40% da população acima de 50 anos possui pólipos no intestino. Com isso, a colonoscopia é especialmente efetiva, pois na maior parte dos casos o câncer colorretal se origina a partir dessas lesões”, esclarece. “Portanto, medidas que promovam a identificação e remoção destes pólipos, ainda em fase pré-maligna, podem reduzir consideravelmente o surgimento desse tipo de câncer”, completa.

O câncer colorretal em fase inicial não costuma ter sintomas, o que torna ainda mais importante o acompanhamento médico. Em fase mais avançada, ele pode causar sangramento nas fezes, dores abdominais, fraqueza, anemia, entre outros.

Evento

O rastreamento do câncer colorretal será um dos temas discutidos no Fórum Doenças do Aparelho Digestivo “Ciência e Tecnologia em Alta Complexidade”, que acontece nos dias 17 e 18 de maio, durante a Feira Hospitalar. O evento será promovido pelo Grupo de Doenças do Aparelho Digestivo (GAD) do Hospital 9 de Julho.

“Com o avanço da tecnologia e suas aplicações em medicina achamos de fundamental importância a divulgação e discussão das novas fronteiras que se abrem no diagnóstico e no tratamento das doenças do aparelho digestivo”, afirma o Dr. Artur Parada. Serão tratados ainda temas como intolerâncias e alergias alimentares, diabetes, obesidade, cirurgias e procedimentos minimamente invasivos, robótica, entre outros.