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Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia tem dezenas de médicos na Olimpíada

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O evento movimentará ao todo 4.500 pessoas, contadas apenas as ligadas ao setor de Saúde. O próprio diretor médico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos

O ortopedista Marcelo Campo dará apoio a área de levantamento de peso durante a Olimpíada do Rio, Vicente Andreoli estará à disposição do setor de basquete, a Fábio Krebs Gonçalves caberá o tênis, Cristiano Laurindo ficará a cargo do Atletismo e a Paulo Lobo Jr. o futebol. Esses são apenas alguns dentre as dezenas de médicos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT que já estão envolvidos na área médica da Olimpíada.

O evento movimentará ao todo 4.500 pessoas, contadas apenas as ligadas ao setor de Saúde. O próprio diretor médico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, João Grangeiro, é ortopedista e integra ainda a Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte, a SBRATE, cujo presidente, Lucio Erlund, também está a postos, atendendo ao voleibol de praia.

“Temos muito orgulho da participação e do apoio que os integrantes da SBOT estão dando ao maior evento esportivo jamais realizado no Brasil”, diz Paulo Lobo, que é também diretor de Comunicação da instituição. João Granjeiro, que participará do trabalho nos Jogos Olímpicos pela décima vez, complementa, explicando que os médicos brasileiros selecionados serão os ‘venue medical management’, isto é, os responsáveis pelas equipes médicas que atuarão nas instalações esportivas.

A escolha dessa plêiade de ortopedistas brasileiros trabalhando na Olimpíada segue o mesmo padrão que deu certo na Copa do Mundo. O objetivo é facilitar o trabalho dos médicos das delegações dos vários países, os quais, embora resolvam por conta própria pequenos problemas de seus atletas, precisam de apoio quando há necessidade de um exame mais sofisticado de imagem ou de um atendimento hospitalar, por exemplo. Nesses casos, é o médico brasileiro que orienta e até acompanha o médico e o atleta da delegação estrangeira aos hospitais de referência que em diversos bairros da cidade foram previamente destacados para atender á demanda das delegações.

Paulo Lobo exemplifica com um problema de uma delegação cujos integrantes pouco conhecem do Brasil, da Hungria, por exemplo. Se um atleta húngaro tiver uma intoxicação, uma suspeita de fratura ou um problema dermatológico que não pode ser revolvido ‘in loco’, por hipótese, o médico da delegação entra em contato com o ortopedista brasileiro a serviço da Olimpíada, que responde pelo atendimento pré-hospitalar. Caso necessário, o acompanha ao hospital, contata os profissionais da especialidade, serve de ponte, de intérprete, se for o caso e resolve os inúmeros problemas que um estrangeiro enfrenta por estar em território estranho, com costumes e idioma diferente.

O esquema se repete fora do Rio de Janeiro, nas cidades onde se disputará jogos de futebol, como Belo Horizonte, onde o escolhido foi o ortopedista Sérgio Ricardo Gonçalves Freire, em Salvador, onde o destacado é Luiz Marcelo Bastos Leite e em Manaus Eduardo Machado de Menezes.

Esses profissionais farão os atendimentos de emergência nos locais de competição, na Policlínica com capacidade para atender 20 mil pessoas, pois não só atletas podem necessitar de atendimento, mas também técnicos, preparadores físicos, administrativos e demais residentes da Vila Olímpica. O ortopedista paulista Moisés Cohen será o especialista voluntário na Policlínica, apoiado por um grupo de ortopedistas estrangeiros.

João Grangeiro lembra que mesmo agora, às vésperas dos jogos, ainda há possibilidade de médicos se inscreverem como voluntários, enviando um e-mail para [email protected]. “Trabalhar no maior evento esportivo do mundo é uma experiência única e que enriquece oi currículo de qualquer médico”, lembra. Grangeiro reconhece que é um grande desafio, mas como foi atleta, na Olimpíada de 1980, diz que apenas mudou de lado no balcão. “Antes, eu era um tomador de serviço e agora, serei o provedor e como conheço as demandas dos atletas e das equipes, tenho condições de atender da melhor forma as necessidades das delegações”, completa.