faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Protocolo de Cirurgia Segura já é realidade no Distrito Federal

Article-Protocolo de Cirurgia Segura já é realidade no Distrito Federal

Todos os anos são realizadas cerca de 250 milhões de cirurgias em todo o mundo. “No século passado uma cirurgia podia ser muito perigosa, com altas taxas de infecções e sangramentos. Grandes melhorias foram agregadas tanto às especialidades cirúrgicas quanto ao ato anestésico, tornando as intervenções bem mais seguras. Hoje, complicações e óbitos relacionados aos procedimentos são relativamente raros”, informa Dr. Délcio Rodrigues, superintendente do Hospital Anchieta (DF), que acaba de implementar o Protocolo de Cirurgia Segura.

Apesar dos avanços, é possível tornar os procedimentos ainda mais seguros através de iniciativas simples. “Esse conhecimento foi incorporado pela indústria da aviação, na qual a implantação de checklists obrigatórios minimizou drasticamente os acidentes aéreos”, exemplifica o executivo. Nessa linha, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o chamado Protocolo de Cirurgia Segura, que compreende a utilização de um checklist para verificação de pontos-chave antes de fases específicas de uma intervenção cirúrgica.

“A primeira checagem ocorre antes da anestesia, com o objetivo de verificar se o procedimento correto será realizado no paciente correto e na região do corpo correta”, descreve Dr. Rodrigo Biondi, diretor técnico do Anchieta. “Verificamos também se o consentimento informado, bem como todos os exames e avaliações médicas e de enfermagem pré-operatórios necessários para definição do risco cirúrgico e anestésico foram realizados e se todos os profissionais e materiais necessários para o procedimento estão disponíveis. Só então é feita a indução anestésica”, complementa. Além disso, antes da incisão cirúrgica, todos os profissionais avaliam possíveis intercorrências durante a operação. Ao final do procedimento e antes de deixar a sala, a equipe conta compressas e instrumentais, identifica materiais de biópsia e avalia os pontos mais importantes para a recuperação do paciente.

Impacto Real - Em 2009, um grande estudo publicado na New England Journal of Medicine confirmou a validade da implantação do Protocolo. “Sua utilização reduziu a mortalidade de 1,5% para 0,8% - uma queda de 46% - e o índice de complicações de 11% para 7% - uma redução de 36%. A publicação desse estudo nos deu ainda mais força e mostrou que estamos no caminho certo”, comenta Dr. Biondi.

A implantação do Protocolo demanda uma profunda mudança cultural. O diretor técnico do Anchieta lembra que toda instituição de saúde que atua com corpo clínico aberto enfrenta desafios para implementar normas universais de funcionamento. “Para envolver esse personagem fundamental no processo, investimos na disseminação de informações e no estreitamento de laços com os médicos. Lançamos também um site dedicado ao tema – o www.cirurgiasegura.com.br”, comenta. “Esperamos que, a disseminação de informações sobre a Cirurgia Segura dê ao paciente a condição de verificar e até exigir que a instituição na qual será operado ofereça as condições ideais – seja ela pública ou privada”, conclui Dr. Biondi.

SERVIÇO

Site dedicado à Cirurgia Segura

www.cirurgiasegura.com.br