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Orizon conclui estudo de economia em saúde sobre diabetes gestacional

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A Orizon – empresa líder em serviços para os segmentos de saúde, seguros e benefícios – acompanhou os atendimentos médicos de 26.825 mulheres gestantes em 2013 e constatou que houve registro de 228 casos com Diabetes Gestacional. O Diabetes Gestacional é caracterizado pela intolerância à glicose que pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação.

Os dados obtidos pela Orizon revelam uma preocupante subnotificação. "Certamente o número de mulheres com diabetes gestacional é maior do que o informado para as operadoras de saúde. O preenchimento do CID em contas médicas muitas vezes não é realizado de forma adequada. A falta desta informação traz para o setor dúvidas sobre a efetividade no diagnóstico", alerta o superintendente de Negócios Corporate da Orizon, Leopoldo Veras da Rocha.

Para o professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Dr. Airton Golbert, que também é vice-coordenador do Departamento de Diabetes Gestacional da Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD, provavelmente não está havendo um rastreamento correto da doença. "Pelos novos critérios de 2010 da Associação Americana de Diabetes, seguidos pela SBD e pela SBEM, a pesquisa de diabetes deve ser realizada em todas as gestantes com dosagens de glicemia em jejum, 1 hora e 2 horas após a ingestão de 75 gramas de glicose em todas as mulheres entre a 24ª e 26ª semana de gestação. Em média são diagnosticadas de 15 a 18%", esclarece o médico.

Ele explica que a subnotificação acontece em virtude da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ainda não adotar os parâmetros internacionais de rastreamento. "O Diabetes Gestacional tem aumentado sua incidência por causa do aumento de sobrepeso e obesidade e do fato das mulheres atualmente estarem deixando para ter filhos com idade mais avançada. Atualmente o Brasil tem 13,4 milhões de diabéticos e, em 2030, este número vai dobrar, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde", completa Golbert.

Se o diabetes gestacional não for tratado pode elevar os riscos de crescimento excessivo do bebê, dificultar o parto, aumentar a probabilidade de uma cesariana, além de outras complicações. "A mãe ainda poderá desenvolver diabetes no futuro e o bebê também terá mais riscos de ter a doença, além de probabilidade maior de ser uma criança obesa", diz Dr. Airton Golbert.

O controle, para a maioria das mulheres com diabetes gestacional, pode ser feito com uma dieta e a prática de exercícios físicos. Mas se mesmo com essas mudanças de hábitos, a taxa de glicose continuar alta, é possível inserir a insulina no tratamento. Em geral, as taxas de glicose no sangue após o parto são normalizadas. O importante é diagnosticar precocemente e ter um acompanhamento médico durante toda a gravidez e após o nascimento do bebê para uma gestação tranquila.