A Merck anunciou na última semana a assinatura de um contrato de licença mundial exclusiva com a Symphogen S/A, de Copenhague, Dinamarca, para o estudo Sym004. Trata-se de uma combinação de anticorpos visando o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Sym004 encontra-se atualmente em investigação em um estudo em Fase I/II para tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm), com gene do tipo KRAS selvagem, que tenham anteriormente evoluído bem com tratamento quimioterápico padrão e anticorpos monoclonais anti-EGFR comercializados. Além disso, encontra-se atualmente em andamento um estudo com braço único, aberto, Fase II em pacientes com carcinoma de célula escamosa da cabeça e pescoço (SCCHN), nos quais a terapia anti-EGFR tenha fracassado.
“O Sym004 fortalece ainda mais o desenvolvimento de nossa linha anterior ao adicionar um produto que se acredita atuar através de um proposto mecanismo de ação sinergética não investigado anteriormente, mas mais especificamente, tendo o potencial para se tornar um produto chave, complementando nossa já bem sucedida franquia com Cetuximabe”, comentou Dra. Susan Jane Herbert, Chefe de Desenvolvimento e Estratégia de Negócios Globais da divisão Merck Serono.
“Esta colaboração mais uma vez reflete nosso forte compromisso com a luta contra o câncer e em oferecermos aos pacientes novas opções de tratamento.”
Nos termos do contrato, a Merck deterá direitos mundiais exclusivos para o desenvolvimento e comercialização do Sym004. Em contrapartida, a Symphogen receberá da Merck recursos adiantados no valor de € 20 milhões, bem como recursos para marcos em desenvolvimento clínico, desempenho regulatório e de vendas. A Symphogen poderá também potencialmente contar com royalties sobre o valor líquido de vendas em todo o mundo.
O Sym004 é composto por dois anticorpos que se destinam não somente ao bloqueio de conexão de ligantes, ativação do receptor e sinalização a jusante, mas que também se acredita promovam remoção dos receptores EGFR da superfície de célula cancerosa ao induzir internalização e degradação de EGFR. (1)
“Acreditamos que a Merck encontra-se excepcionalmente bem posicionada para desenvolver Sym004 com base em seu profundo conhecimento da área de EGFR," disse Kirsten Drejer, CEO da Symphogen. “Esta transação valida ainda mais o método de combinação de anticorpos como uma opção altamente atraente”.
Desde julho de 2012, 88 pacientes vem sendo tratados com Sym004 em estudos clínicos. Entre os eventos adversos de dados clínicos preliminares incluem-se diarréia, eritema cutâneo, inflamação das mucosas, náusea, reação relacionada com a infusão e hipomagnesemia. Dados de exposição dos pacientes, após infusões repetidas semanalmente, não indicam resposta de anticorpo ao medicamento.
Bibliografia
1. Pedersen MW, et al. Cancer Res 2010;70:588-97.
Sobre Symphogen
A Symphogen está desenvolvendo terapias com uso de anticorpos (monoclonal, combinações monoclonais e policlonais) para auxiliar as pessoas com doenças graves e necessidades médicas e significativas não atendidas. Com a descoberta de Symplex™ de sua propriedade, a principal opção por SymSelect™ e as plataformas de produção de Sympress™, a empresa capta a diversidade e especificidade da resposta natural imune em combinações de anticorpos recombinantes racionalmente projetadas. A Symphogen está amadurecendo uma linha diversificada de produtos internos e em parceria para diversas indicações entre as quais câncer, doenças autoimunes e infecciosas. Symphogen é um laboratório biofarmacêutico sediado em Copenhague, Dinamarca, com subsidiária americana em Princeton, Nova Jersey. Para mais informações acesse www.symphogen.com.
Sobre a Merck
A Merck é uma indústria química e farmacêutica global com receita total de € 10.3 bilhões em 2011. Sua história tem início em 1668 e seu futuro moldado em mais de 40 mil funcionários em 67 países. Seu sucesso é caracterizado por inovações de funcionários empreendedores. As atividades operacionais da Merck estão sob o ‘guarda-chuva’ da Merck KGaA, sobre o qual a família Merck detém participação aproximada de 70% e os demais 30% são de posse dos acionistas. Em 1917, a subsidiária Merck nos Estados Unidos, Merck & Co., foi expropriada e tem sido uma companhia independente desde então.
A Merck atua no Brasil desde 1923 e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.
A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono - de medicamentos de prescrição, Produtos de Consumo e Genéricos. Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.
A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania
