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IBCC explica sobre o Linfoma no Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas

Article-IBCC explica sobre o Linfoma no Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas

Dia 15 de setembro é comemorado o Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas. A data procura reforçar a importância do conhecimento desta doença e o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) ajuda a entender melhor este tipo de câncer. O sistema linfático é constituído por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e linfonodos que tem como principal função defender o organismo de infecções. O Linfoma se dá quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce sem parar e se dissemina pelo organismo.

Existem dois tipos de Linfomas, o Hodgkin e o Não-Hodgkin: o Linfoma Hodgkin se manifesta mais em jovens e adultos com idade entre 25 e 30 anos, mas também pode ocorrer em pacientes mais velhos. Não há fatores que possam ser responsabilizados pelo desenvolvimento deste câncer e não há meios de prevenir a sua ocorrência. O Linfoma Não-Hodgkin é mais comum e sua incidência vem aumentado mundialmente. Existem mais de 30 tipos de Linfoma Não Hodgkin. Há associação deste Linfoma com o vírus HIV e outras doenças que baixam a imunidade (transplantes de órgãos, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras), hepatites virais, Quimioterapias prévias, exposição à radiação e a agentes químicos.

Os dois tipos de Linfomas se manifestam basicamente por aumento de gânglios, as chamadas ínguas, sem dor ou infecção associada. Os gânglios mais comuns para terem aumentos são no pescoço, axilas e/ou virilhas, que são facilmente notados pelo paciente, mas podem aumentar em áreas não facilmente identificadas, como dentro do abdômen ou do tórax. Nestes casos, os sintomas são indiretos, como tosse, falta de ar, sensação de estômago cheio, distensão abdominal, edema nas pernas, entre outros. Frequentes também são os sintomas de suor noturno, febre, coceira e perda de peso. O crescimento dos gânglios podem ocorrer rapidamente ou lentamente, a depender do subtipo de Linfoma.

A única maneira de se fazer o diagnóstico de Linfoma é por meio da biopsia dos gânglios afetados. O exame físico, história clínica, exames de sangue e de imagem auxiliam o médico a definir se há suspeita de Linfoma e encaminhar para a confirmação com a biopsia. Há doenças que se confundem com o Linfoma, principalmente infecções.

Os tratamentos dos Linfomas de Hodgkin e Não Hodgkin são baseados em Quimioterapia e/ou Radioterapia. Os Linfomas são doenças que costumam responder muito bem ao tratamento e há grande chance de cura. Por isso a importância do diagnóstico e tratamento precoce.

“Temos observado um grande avanço no manejo dessas doenças. O exame anátomo-patológico ou biopsia ganglionar é responsável por confirmar o diagnóstico e subclassificar os Linfomas, principalmente os Não Hodgkin, que são doenças com comportamento muito heterogêneo. Tem havido reformulações nas classificações dos Linfomas e é necessário que os patologistas e hematologistas estejam atualizados nestes avanços, pois eles são as diretrizes para a escolha adequada do tratamento”, explica o chefe do departamento de Hematologia e Transplante de Medula Óssea, dr. Roberto Luiz da Silva. Em relação aos tratamentos disponíveis, o médico também destaca que há avanços. “Tivemos a inclusão de terapias alvo (medicamentos monoclonais que agem como ‘mísseis’ dirigidos às células doentes) e transplante de medula óssea autólogo (medula do próprio doente) ou alogênico (quando há necessidade de um doador)”, finaliza Silva.