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Hospital Santa Isabel adquire primeiro robô cirurgião de SC

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Contrato firmado com representante americana no Brasil tem investimento de R$ 12 milhões e representa avanço na medicina catarinense por ser a primeira unidade a oferecer procedimentos de tecnologia avançada

O Hospital Santa Isabel (HSI), de Blumenau (SC), seguindo sua vocação para inovação tecnológica na área da saúde em Santa Catarina, será a primeira unidade do estado a contar com cirurgias robóticas entre suas especialidades. A Instituição, que é referência nacional em procedimentos de alta complexidade, acaba de firmar contrato com a representante nacional da empresa americana Intuitive para aquisição de um robô-cirurgião do modelo Da Vinci Si. O início da operação, previsto para o mês de maio de 2019, representa um grande avanço para a medicina do estado. Atualmente, a tecnologia está presente em poucos centros de referência hospitalar, em sua maioria em capitais e grandes metrópoles.

Desde outubro de 2018, o HSI mantém parceria com o Hospital Santa Catarina (HSC), em São Paulo, local para onde os pacientes de Blumenau e região são transferidos, acompanhados de seus médicos, para realizar os procedimentos. Ambos são administrados pela entidade filantrópica Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) e fazem parte do Programa de Cirurgia Robótica da Instituição.

Cirurgião geral e especialista em procedimentos minimamente invasivos e robóticos, Dr. Pedro Trauczynski, responsável pelo Programa de Cirurgia Robótica no HSI, revela que o custo para trazer a tecnologia até o Hospital Santa Isabel chega a R$ 12 milhões. “Há aproximadamente sete anos, o Hospital Santa Isabel chegou a iniciar um projeto de implementação de cirurgia robótica mas, devido ao alto custo da tecnologia, o plano não foi viável para aquele momento. Em 2018, retomamos o projeto, pois o método estava sendo implantado no HSC, unidade que integra a rede da ACSC. Com isso, a gestora estabeleceu parceria com a representante do robô no Brasil para viabilizar a aquisição de mais equipamentos e a implementação de um programa de robótica em rede, trazendo o pioneirismo da cirurgia robótica para seu hospital catarinense, o Hospital Santa Isabel”, explica o especialista.

Todas as cirurgias por via laparoscópica podem ser feitas com o robô-cirurgião. As principais especialidades envolvidas são: urologia, cirurgia geral e digestiva, ginecologia, cirurgia torácica, cirurgia de cabeça e pescoço, entre outras. O Dr. Trauczynski explica que o paciente operado por via robótica leva ainda mais vantagem quando as cirurgias são complexas, pois o sistema permite a realização do procedimento por técnicas minimamente invasivas. Procedimentos complexos de hérnias de parede abdominal e especialidades como urologia, ginecologia, cirurgia digestiva e torácica são as mais beneficiadas pela cirurgia que utiliza essa técnica.

O Robô Da Vinci Si

O robô possui quatro braços, sendo que um fica com uma câmera e os outros três realizam a operação, comandado pelo cirurgião. O médico cirurgião especializado tem a possibilidade de realizar a cirurgia com uma imagem 3D, que pode ser ampliada em até 15 vezes. A principal vantagem é a precisão das pinças robóticas controladas pelo cirurgião, que realizam movimentos de 360 graus, mais precisos e com uma melhor ergonomia. Essas pinças são especialmente úteis quando são trabalhadas em cavidades com restrição de espaço como a pelve, o tórax e a parede abdominal, ou para suturas complexas. Permanecem presentes na sala um cirurgião auxiliar, que fica ao lado do paciente para eventual intercorrência, um instrumentador cirúrgico e um anestesista.

“É importante mencionar que quem realiza a cirurgia é o médico, não o robô. É a mesma lógica de um piloto e, por isso, é um procedimento seguro. Ainda, por ser minimamente invasivo, reduz os riscos de sangramento e gera menos dores, levando a melhores resultados aos pacientes no pós-cirúrgico”, completa o Dr. Trauczynski.

Enquanto aguarda a chegada do robô-cirurgião, o Hospital Santa Isabel vem capacitando seu corpo clínico. Para se tornar um cirurgião habilitado, o médico cirurgião precisa passar por um treinamento teórico e avaliação, atingir metas mundialmente pré-estabelecidas em simuladores – similar ao treinamento de pilotos de avião – e ainda realizar uma prova prática nos centros mundiais de treinamento da empresa americana. Só então, o cirurgião passa a ser habilitado à tecnologia. O HSI também dará oportunidade para que profissionais de outros hospitais do estado e da região Sul participem do Programa e tragam seus pacientes até a unidade.

Sobre o Hospital Santa Isabel (HSI)

A história deste que é um dos maiores hospitais de Santa Catarina está ligada à chegada das primeiras Irmãs da Divina Providência ao Brasil, em 1895, que praticavam enfermagem ambulante em toda a região. Com o tempo, o aumento do número de pacientes e o apoio logístico da sociedade blumenauense, nascia oficialmente, em 4 de outubro de 1909, o Hospital Santa Isabel. Desde 2015, essa filosofia é levada adiante pela administração da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC). Hoje, o HSI conta com uma equipe formada por aproximadamente 1.200 colaboradores e 370 médicos, mais de 260 leitos, sendo 10 na UTI Coronariana e 20 na UTI Geral, e atende 44 especialidades médicas em uma área de mais de 28 mil metros quadrados. Sua intensa vocação à Alta Complexidade o torna referência em especialidades como Implante de Marca Passo, Hemodinâmica, Radioterapia, Neurologia Clínica e Neurocirurgia. O Santa Isabel também é reconhecido como o melhor hospital transplantador de Santa Catarina, estando entre os cinco principais hospitais que realizam transplantes de fígado no Brasil. Por todos esses números, o Santa Isabel é referência para aproximadamente 90 municípios catarinenses, além de pacientes oriundos de outros locais do país. Com uma média geral de 15 mil internações por ano, mantém um percentual em torno de 70% de seus atendimentos no Serviço de Emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC)

Com mais de 120 anos de atuação no Brasil, a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) é responsável pela administração de 23 entidades em três segmentos de atuação: Educação, Saúde e Assistência Social. A ACSC criou um modelo de gestão autossustentável onde todo superávit gerado por nossos negócios é aplicado integralmente em nossas obras, nos três segmentos, a fim de executar dignamente suas atividades e acolher e cuidar do ser humano em todo o ciclo da vida. Ao todo, são mais de 13.000 colaboradores distribuídos em diversas instituições de saúde, mantendo inúmeros estabelecimentos de ensino e acolhendo crianças, adultos e idosos em espaços assistenciais, com atendimento humanizado e serviços de qualidade para milhares de pessoas em seis estados brasileiros (Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). Atualmente, na área de educação, as instituições da ACSC oferecem ensino de qualidade a 4.934 alunos, com 1.005 deles contemplados com bolsas integrais assistenciais. As entidades de saúde realizam anualmente 111 mil internações, 558 mil atendimentos de urgência e emergência, 2 milhões e 40 mil atendimentos ambulatoriais, 4 milhões e 913 mil exames, sendo 73,7% dos atendimentos destinados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na assistência social, cerca de 600 pessoas em vulnerabilidade e risco social são beneficiadas por projetos sociais da ACSC.