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Grupo de estudos do Sindhoesg debate a segurança do paciente

Article-Grupo de estudos do Sindhoesg debate a segurança do paciente

Grupo de estudos do Sindhoesg debate a segurança do paciente

Encerrando suas atividades do mês de novembro, o Grupo de Estudos da NR-32 do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) promoveu, no dia 30, um bate-papo sobre segurança do paciente. O encontro foi realizado na sede do Sindicato, no Setor Central, em Goiânia. Para conduzir a conversa, foi convidada a enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital do Coração de Goiás, Nayane Falcão.

A profissional relatou que o evento se torna ainda mais importante pelo anúncio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que irá reforçar as fiscalizações nesta área. “A Anvisa afirmou que cobrará mais, mas percebemos que isso já começou, pois eles não passam mais apenas um dia no hospital e, sim, uma semana checando todas as áreas do local”, explicou.

Luciene Paiva da Silva Potenciano, coordenadora do Grupo de Estudos da NR-32, ressaltou que a Anvisa se apoia também no esclarecimento dos pacientes, que sabem cada vez mais sobre como notificar o órgão em caso de adversidades. Porém, ela alertou que o essencial é que os estabelecimentos de saúde sejam os primeiros a avisar sobre os acidentes, a fim de evitar o agravamento das penalidades.

“Devemos nos lembrar ainda que todos os profissionais de um hospital são responsáveis pela segurança do paciente. Antigamente, os médicos eram os mais responsabilizados, mas hoje já temos casos de enfermeiros respondendo a processos”, contou Luciene, enfatizando a importância do envolvimento e da participação ativa de toda a equipe na segurança do paciente.

Metas

Durante o evento, foram discutidas as seis metas para a segurança do paciente, criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São elas:

• Identificação correta do paciente (com no mínimo dois identificadores. Podem ser usados, por exemplo, nome do paciente e a data de nascimento);

• Comunicação efetiva;

• Cirurgia segura;

• Prevenção de quedas;

• Higienização das mãos;

• Administração de medicamentos.

Nayane Falcão enfatizou que a equipe de saúde deve atuar de forma integrada e com todas essas metas em mente. “Um evento adverso é resultado de falhas em diversas etapas e, quando algo acontece, todos os funcionários envolvidos precisam ser ouvidos para a solução do caso”, orientou.

Apesar de se envolver principalmente com os medicamentos, o farmacêutico Virgílio de Barros viu no evento a oportunidade de conhecer outras formas de aprimorar a segurança do paciente com os demais colaboradores e com as empresas fornecedoras de serviços e produtos do local onde trabalha, o Cebrom.

Marina Nascimento, enfermeira e fisioterapeuta da Maternidade Amparo, citou a importância de sempre ressaltar as metas quando há trocas de funcionários. “Essas reuniões com o grupo de estudos renovam nossos conhecimentos para podermos repassá-los aos funcionários mais antigos e aos recém-formados, que têm pouca experiência cotidiana com o assunto”.

Para a enfermeira do Pronto-socorro para Queimaduras, Rúbia Pedroso, a ampliação das fiscalizações da Anvisa contribui para alertar os hospitais sobre a necessidade do reforço nas ações de segurança do paciente, o que, para muitos, requer investimentos. Nayane Falcão, porém, afirma que a busca por conhecimentos é o que empodera os profissionais e lhes dá condições de ter sucesso nas conversas com a diretoria dos estabelecimentos sobre o reforço da segurança.

“Implantar notificações internas para relatar problemas é um primeiro passo no desenvolvimento de novas ações para a segurança dos pacientes. Porém, é importante mostrar aos funcionários que elas (notificações) não têm o objetivo de prejudicar uns aos outros, mas melhorar o trabalho em geral e evitar contratempos com a fiscalização”, ensinou Nayane Falcão.

Luciene Potenciano reforçou a necessidade da atuação conjunta entre a Anvisa e os hospitais. “Não podemos ter medo da Vigilância Sanitária. Ela é uma fonte para buscar orientações e, se tiver notificações, é mais simples resolver o problema logo”, resumiu.