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Especialista alerta sobre a importância da realização de exames oftalmológicos nas crianças antes do retorno às aulas

Article-Especialista alerta sobre a importância da realização de exames oftalmológicos nas crianças antes do retorno às aulas

Muitas crianças não realizam os exames oftalmológicos quando se inicia a vida escolar ou mesmo quando são mais novas, pois, como não sabem identificar, acabam não se queixando das deficiências e dificuldades para enxergar, e até mesmo os pais têm dificuldade para identificar algum tipo de ‘anormalidade’.

Um estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia informa que no Brasil a cegueira alcançou 1,15 milhão de pessoas em 2011. O dado mais alarmante é que desse número, 33 mil eram de crianças que tiveram sua visão totalmente comprometida devido às doenças oculares que poderiam ter sido evitadas com exames preventivos. “A maneira de evitar a continuidade desses casos é a realização de exames periódicos nas crianças, assim como muitos adultos fazem, pois eles podem não enxergar bem e com as crianças pode ocorrer o mesmo. O fato é que há muitas pessoas que acreditam que apenas os mais velhos e idosos é que precisam consultar um oftalmologista”, explica Amaryllis Avakian, oftalmologista da Clínica AACO.

As doenças mais comuns nas crianças são a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. Elas ocorrem com mais frequencia, pois cada vez mais cedo os pequenos são expostas à televisão e ao computador e tablets, dentre outros equipamentos que exigem muito do sistema visual e que podem impedir o desenvolvimento correto. “Grande parte das disfunções na visão podem ser corrigidas, mas é preciso que elas sejam levadas ao oftalmologista ainda quando pequenos, pois a visão se desenvolve até os sete anos de idade. Qualquer doença ocular nessa fase, se não tratada, pode até a levar a perda de visão irreversível no olho afetado”, alerta a médica.

Veja as doenças mais frequentes:

Miopia: As crianças não enxergam corretamente o que está distante. Um caso clássico escolar é que como não conseguem visualizar claramente o que está escrito na lousa, podem confundir palavras e, em alguns casos, são consideradas até como pouco inteligentes, quando na verdade sofrem de um problema ocular. “Frequentemente essas crianças apresentam também dificuldade para se enturmar com outras, já que a visão comprometida para distancia impede que as atividades de lazer dessa criança sejam as habituais. Ela vai evitar brincadeiras ao ar livre, como pega-pega, por que não enxerga”, acrescenta a Dra Amaryllis.

Astigmatismo: Já as crianças que sofrem com astigmatismo enxergam tudo borrado. Possuem uma visão razoável tanto de perto como à distância, porém, tudo que veem não é nítido. Nas crianças pode ser identificado pelas dores de cabeça, esforço visual e uma visão enevoada.

Hipermetropia: As crianças que sofrem com hipermetropia têm a dificuldade de enxergar de perto e todas as imagens parecem mais desfocadas. Como no astigmatismo, a hipermetropia pode causar também dores de cabeça. Tais crianças, ao contrário das míopes, evitam atividades para perto, como por exemplo, estudar, ler e fazer a lição de casa. Todas essas atividades geram cansaço visual nas crianças hipermetropes, que, portanto, as evitam.

Observações simples levam a identificação de doenças oculares em crianças:

- Televisão e leitura: Comece a observar se a criança assiste à televisão, joga videogame ou mexe em outros dispositivos mais perto dos olhos que o normal. O mesmo ocorre com livros e revistas

- Escola: Fique atento ao comportamento da criança na escola, se ela procura sempre sentar nas cadeiras mais próximas a lousa e também se ocorre à dificuldade de aprendizado, muitas vezes está ligado ao fato de que a criança não consegue ver ou acompanhar o que está sendo explicado pela professora na lousa.

- Em casa: observe se seu filho reconhece normalmente objetos colocados à distância, se ele olha normalmente (sem entortar os olhos) para as pessoas ou objetos.

Sobre Amaryllis Avakian

Dra Amaryllis é a médica responsável pela AACO - Amaryllis Avakian Clínica Oftalmológica e especialista em catarata.

É também membro do corpo clínico do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio Libanês. Formada na Universidade de São Paulo, lá fez sua Residência médica e também sua Pós Graduação. Especializada em Córnea e Cirurgia de Catarata, é Chefe do Setor de Catarata do Hospital das Clínicas da USP. É também Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da USP e um dos expoentes nacionais no campo das cirurgias de catarata e refrativa. Palestrante nos principais congressos no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, sua intensa atividade profissional e acadêmica permite compartilhar toda experiência profissional acumulada.