faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Debates sobre câncer no 3o Simpósio de Oncologia Gastrointestinal do Instituto COI

Article-Debates sobre câncer no 3o Simpósio de Oncologia Gastrointestinal do Instituto COI

NOG2

O diagnóstico e tratamento precoce dos tumores gastrointestinais ainda é um desafio para médicos de todo o mundo. Em apresentação durante o 3o Simpósio Anual do Núcleo de Oncologia Gastrointestinal (NOG) do Instituto COI, que aconteceu no dia 13 de agosto, no Rio de Janeiro, o cirurgião geral do Hospital de Barretos, em São Paulo, Dr. Antônio Talvane, apresentou uma aula que confirma esses dados: 86% dos casos de tumores gastrointestinais que chegam ao hospital estão em estádios avançados. No Hospital de Barretos, Dr. Talvane conduziu um estudo apresentado recentemente em um congresso em Paris, na França, com 110 casos de gastrectomia total, cirurgias feitas inteiramente por videolaparoscopia.

“A cirurgia minimamente invasiva é uma opção oncologicamente segura, conferindo os mesmos resultados da cirurgia aberta, podendo-se encaminhar os pacientes mais precocemente para a quimioterapia. Ainda não é o momento de considerarmos a cirurgia robótica como ideal. No momento, considero a cirurgia por laparoscopia muito mais segura do que a robótica”, comenta o cirurgião.

A experiência adquirida pela equipe do Hospital de Barretos é tão grande – somente o Dr. Talvane já esteve à frente de mais de 700 cirurgias –, que eles desenvolveram uma técnica própria de reconstrução após retirada do tumor.

“Nós patenteamos essa técnica, que tem apresentado resultados melhores do que todas as práticas realizadas até hoje. Em algumas semanas, estaremos nos Estados Unidos apresentando a técnica a um grupo de engenheiros para que ela possa ser aprimorada, tendo um resultado ainda mais completo”, informou o cirurgião.

Diferente dos últimos anos, as aulas da 3a edição do Simpósio NOG foram todas baseadas em casos clínicos. A cada passo do processo de tratamento, os médicos que conduziam as apresentações perguntavam à plateia qual seria a escolha deles. E, com base nas respostas, e no que, de fato, foi realizado naqueles casos clínicos, as discussões aconteciam.

“É um dos melhores formatos que encontramos para as atualizações que o Simpósio traz. Desta forma, entendemos como os médicos fazem suas escolhas na prática clínica diária e conseguimos passar para eles, através do relato de alguns dos especialistas mais experientes do País, quais são as escolhas que têm se mostrado mais eficazes”, celebra o oncologista clínico Alexandre Palladino, coordenador do evento ao lado do Dr. Fernando Meton, oncologista clínico e diretor médico do Grupo COI.

Entre escolhas esperadas da plateia e resultados surpreendentes, foram apresentados dados de estudos científicos recentes, novas opções de tratamento e evidências sobre como a tecnologia tem influenciado nas melhores escolhas terapêuticas do tratamento do câncer.

“Em determinado momento, a votação refletiu o cuidado dos médicos presentes com uma paciente idosa. Ainda há o receio de adicionar radioterapia devido à sua toxicidade. Mas quando utilizamos radioterapia de alta tecnologia, temos uma toxicidade menor, principalmente quando o paciente está bem clinicamente”, comenta o Dr. Igor Migowski, radio-oncologista do Grupo COI.

Mais de 30 especialistas, entre oncologistas, cirurgiões, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas e patologistas participaram das mesas, onde foram realizadas as apresentações de casos clínicos e os debates para os cerca de 200 médicos presentes, que participaram do evento.