Os Estados Unidos sofrem, há anos, com a falta de profissionais qualificados na área da saúde. E isso se intensificou com a pandemia. Há cerca de três meses, o Consulado Americano no Brasil soltou uma nota chamando os pleiteantes da saúde que já estavam em processo para agilizar a avaliação do visto. Também informou que profissionais que estavam em solo americano com o visto J (para pessoas que participam em programas de intercâmbio ou treinamento) poderiam pedir aos seus sponsors a extensão.
Mais recentemente, o Senado americano propôs um projeto que prevê, se aprovado, a concessão de novos 40 mil green cards para profissionais de saúde. O texto original em análise estima em 25 mil para enfermeiros e 15 mil para médicos. Seriam, uma vez aprovada a medida, novos vistos adicionais aos cerca de 140 mil vistos autorizados para área de saúde anualmente pelo governo americano.
O fato é que o cenário abre uma janela de oportunidade para profissionais da saúde brasileiros que desejam construir uma carreira, de forma legal, nos EUA. “Definitivamente, para o profissional de saúde que está planejando a imigração para os Estados Unidos, o momento é esse. A necessidade de profissionais com Bacharelado e experiência em diversas áreas é recorrente nos EUA, uma vez que no país a população tem a cultura de fazer cursos técnicos - o que torna o profissional brasileiro uma excelente opção”, afirma Wagner Pontes, CEO do escritório de assessoria imigratória D4U USA Group.
De acordo com dados da D4U USA Group, a procura de profissionais da área da saúde para o pleito imigratório cresceu 30% desde o início da pandemia. Em geral, são enfermeiros, fisioterapeutas e médicos, nesta ordem, que mais procuraram o escritório para imigrar de março em diante.
Embora não há dados oficiais que mostram a quantidade de brasileiros da área da saúde que imigraram legalmente para os EUA nos últimos anos, há um que mostra que os vistos de trabalho emitidos pelo Departamento de Imigração americano têm crescido. Em 2018, foram cerca de 4.300 vistos para de imigração para cidadãos do Brasil, 74% a mais do que em 2015, por exemplo.
