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Artrose: ressonância magnética ultrapassa raio-X em termos de diagnóstico preciso

Article-Artrose: ressonância magnética ultrapassa raio-X em termos de diagnóstico preciso

Estudo recentemente divulgado no British Medical Journal revela que a ressonância magnética tem evidenciado um grande número de anormalidades relacionadas à artrose que não costumam ser vistas através do raio-X. De acordo com o doutor Ali Guermazi, professor de radiologia na Boston University (Estados Unidos), aproximadamente 90% dos joelhos que não mostravam nenhum sinal de osteoartrite no raio-X apresentaram claras evidências com o uso da ressonância magnética – mesmo em pacientes que não se queixavam de dor.

Com exceção dos atletas, que costumam sobrecarregar suas articulações precocemente e são mais suscetíveis a lesões, pode-se dizer que dor nas juntas é um problema bem específico da terceira idade. Cerca de 50% das pessoas com mais de 65 anos costumam sentir dor e perda de mobilidade em função da artrose – doença relacionada à degeneração das articulações, envolvendo principalmente quadris, joelhos e coluna.

“As imagens de ressonância magnética têm sido cada vez mais utilizadas em ortopedia, já que a alta resolução e contraste permitem diferenciar com facilidade as estruturas. Se antes a causa de uma dor crônica no joelho seria identificada com precisão apenas no momento da cirurgia, hoje temos condições de ver com mais clareza um defeito na cartilagem, ou mesmo se há comprometimento dos ligamentos e do tendão”, diz o radiologista Edson Sato, do CDB Premium, em São Paulo.

Na opinião do médico, o exame de ressonância magnética tem se tornado uma referência para muitos especialistas por conta de sua característica não-invasiva e pela quantidade de detalhes que podem ser facilmente evidenciados imagens. “Os novos equipamentos de ressonância magnética também ajudam na diferenciação de processos inflamatórios, degenerativos e tumorais. Ver com detalhes o menisco, os ligamentos, tendões e ossos na ressonância magnética é surpreendente”.

Sato confirma a superioridade da ressonância magnética no diagnóstico de artrose. “O desgaste acentuado da cartilagem é um problema comum na terceira idade, fazendo com que os ossos entrem em contato a cada movimento e também passem por um processo de desgaste, provocando muita dor. Para que o paciente possa receber um tratamento adequado, e não fique limitado em seus movimentos, um diagnóstico preciso e detalhado é importantíssimo, fazendo toda a diferença na conduta de cada caso”.

O próximo avanço da ressonância magnética, na opinião do radiologista, está relacionado ao estudo funcional do corpo, em especial do sistema músculo-esquelético. “Provavelmente, presenciaremos o estudo da qualidade da cartilagem e da composição bioquímica dos tecidos, assim como o estudo quantitativo de substâncias responsáveis pelo metabolismo energético celular”.

Fonte: Dr. Edson Sato, médico radiologista do CDB Premium e do Centro de Diagnósticos Brasil (www.cdb.com.br)