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Alta do dólar prejudica importação do setor farmacêutico

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As importações do setor farmacêutico sofreram uma queda de 11,1% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução confirma a tendência sugerida em 2014, quando as importações diminuíram 2,7% após dois anos de crescimento.

“A alta do dólar afeta todas as importações, inclusive as de medicamentos. Isso é reflexo do momento que o país enfrenta na economia, em que outros setores também estão encontrando o mercado interno menor”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

A queda apontada pela Interfarma tem como base os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com a redução nas importações de medicamentos, o efeito aparente é benéfico; o déficit da balança comercial acabou diminuindo 9,6%. Mas isso não representa algo positivo para o mercado farmacêutico. “Nessas condições, a diminuição do déficit não é sustentável. Se amanhã o país voltar a crescer, o desequilíbrio da balança volta a se acentuar”, afirma Britto.

Além disso, o custo Brasil também pesa no preço final dos produtos farmacêuticos e deixa a indústria menos competitiva no mercado internacional. Esse custo é gerado, principalmente, pelo excesso de burocracia e por processos que não existem em outros países.

Sobre a Interfarma

Fundada em 1990, a Interfarma possui atualmente 55 empresas associadas. Hoje, esses laboratórios são responsáveis pela venda, no canal farmácia, de 80% dos medicamentos de referência do mercado e também por 33% dos genéricos produzidos por empresas que passaram a ser controladas pelos laboratórios associados. Além disso, as empresas associadas respondem por 46% da produção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) do mercado brasileiro e por 52% dos medicamentos tarjados (50% do total do mercado de varejo).