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Agilidade no atendimento de Infecções generalizadas reduz casos de mortes

Article-Agilidade no atendimento de Infecções generalizadas reduz casos de mortes

Campeões da procura por prontos-socorros, os quadros de infecções simples podem evoluir para casos de extrema gravidade e alto risco à saúde do paciente. Nesses casos, a rapidez no primeiro atendimento e diagnóstico é primordial, principalmente se o quadro evoluir para Sepse (infecção generalizada). Responsável por cerca de 400 mil mortes ao ano no Brasil, segundo dados da Confederação Nacional da Saúde, a Sepse se desenvolve a partir de um foco de infecção inicial, levando a uma inflamação geral no organismo.

De acordo com o clínico geral, Thiago André Fuscaldi Corrêa, do Hospital Santa Luzia de Brasília, o quadro de Sepse ocorre através de uma infecção causadas geralmente por bactérias. Contudo, fungos e vírus podem desencadear, com menor frequência, o quadro. “Na maioria dos casos, o paciente apresenta alterações na pressão arterial, febre alta, elevação da frequência respiratória e taquicardia”, explica o médico. O agravamento do quadro clínico pode comprometer o sistema pulmonar, respiratório, fígado e os rins, o que resulta no óbito de até 80% dos pacientes que não recebem o tratamento adequado.

Quanto mais precoce for identificada a causa da infecção, mais chance de cura tem o paciente. “O primeiro atendimento e o início do tratamento devem ocorrer, preferencialmente, dentro do intervalo de uma hora, contada após o agravamento da infecção”, ressalta Fuscaldi. “O paciente que apresenta pouca resposta imunológica, com sinais de maior gravidade, deve ser submetido a coleta de material para o diagnóstico, por meio de exame de sangue”, completa. Nestes casos, o paciente deve ser encaminhado para uma unidade de terapia intensiva, o que aumenta muito as suas chances de cura. O tratamento é feito com antibiótico, de maneira intravenosa.

A busca da causa e do foco de infecção é importante para definir o tratamento e evitar recaídas. Em alguns casos, quando há interrupções no funcionamento dos órgãos, são necessárias sessões de diálise, oxigênio suplementar e uso de medicamentos que regulem a pressão arterial.

Entre as pessoas que se encaixam no grupo de risco da doença estão idosos, crianças pequenas, diabéticos, pacientes com câncer, portadores de doenças crônicas graves, usuários de álcool e drogas e portadores de HIV, entre outros. “Pacientes que apresentam infecções no aparelho respiratório, urinário, intestinal, infecções de pele, cateteres implantados ou feridas profundas apresentam maior risco de apresentar um quadro de infecção generalizada”, explica o médico.