faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

10% das pessoas engordam após redução de estômago

Article-10% das pessoas engordam após redução de estômago

AKI_3408

Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam cerca de 10% das pessoas que passam por um procedimento cirúrgico para reduzir o estômago voltam a engordar. Atualmente, no Brasil são registradas 80 mil cirurgias por ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde a estimativa é de que sejam realizados mais 140 mil.

Segundo o médico curitibano Alcides Branco Filho, além de mudanças nos hábitos alimentares, o tipo de cirurgia também pode influenciar no resultado. “Temos diferentes técnicas, até aquelas que são desaconselhadas para mulheres (por conta dos ciclos menstruais e problemas hormonais), como é o caso do Sleeve”, pontua. Segundo ele, às vezes esta técnica é escolhida por ser menos invasiva, mas “a mulher emagrece 40 quilos em cinco anos e depois ganha 20 novamente, porém este ganho pode, muitas vezes, ocorrer relacionado a outros fatores, não necessariamente por sua culpa”, explica.

Sucesso curitibano – Com mais de sete mil cirurgias bariátricas realizadas, Branco Filho é chamado para realizar procedimentos de alta complexidade no exterior, as chamadas cirurgias revisionais, justamente os casos nos quais a perda de peso não foi satisfatória, quando se volta a ganhar peso e até que naqueles nos quais a cirurgia trouxe prejuízo na qualidade de vida. “Costumam me chamar, no exterior, para fazer cirurgias revisionais em pacientes que já operaram três vezes e não deu certo, ou porque o paciente operou e está evacuando 10 vezes por dia e é preciso ajudá-lo a melhorar sua qualidade de vida”, frisa o especialista.

Nos casos das cirurgias revisionais, o médico explica que em 60% do sucesso depende do médico e os outros 40% do paciente. “Tenho pacientes que operei há 15 anos e estão do mesmo jeito e pacientes que operei há quatro anos e começaram a engordar”, explica Branco Filho. Ainda de acordo com ele, a reeducação alimentar é fundamental. “A pessoa, em muitos casos, está comendo errado há 39 anos e, apesar da dificuldade aparente, esta mudança é fundamental para continuar com o novo corpo. A cirurgia é uma ferramenta para ter uma vida mais saudável”, afirma.