A inteligência artificial generativa está revolucionando o setor de saúde no Brasil, oferecendo soluções que combinam eficiência operacional, diagnósticos precisos e um retorno sobre investimento (ROI) surpreendentemente rápido. Segundo o relatório “O ROI da IA Generativa“, do Google Cloud, 74% das empresas que utilizam essa tecnologia alcançam retorno em menos de um ano e 86% relatam um aumento de receita de 6% ou mais, evidenciando o impacto financeiro positivo e transformador em mercados competitivos e desafiadores como o da saúde.
No entanto, à medida que o setor de IA evolui, surge uma nova peça no tabuleiro global: o DEEPSEEK, um modelo chinês que está causando alvoroço por sua eficiência e custo significativamente menor em relação às opções atualmente dominantes no mercado. A empresa não apenas democratiza o acesso à IA avançada, mas também pode reconfigurar os alicerces da indústria.
Fica evidente que essa tecnologia se consolidou como um motor indispensável para a transformação dos negócios, provando ser essencial para que as empresas mantenham sua competitividade em um mercado em constante evolução. No setor de saúde, IA generativa destaca-se como uma aliada estratégica para enfrentar desafios históricos, como a sobrecarga dos sistemas, além de atender à crescente demanda por diagnósticos mais rápidos, precisos e eficientes.
Empresas que aplicam IA de forma estruturada colhem resultados rapidamente. Um dos principais diferenciais é a capacidade de operacionalizar soluções diárias em questão de meses. No Brasil, esse aspecto é especialmente relevante para modernizar a gestão de dados clínicos e personalizar tratamentos, áreas em que a velocidade e a precisão são fundamentais.
A IA generativa não apenas agiliza processos, mas também impulsiona a produtividade, especialmente na saúde. Além de otimizar tarefas administrativas, ela automatiza transcrição e documentação clínica, permitindo que médicos foquem mais no atendimento ao paciente. Essa abordagem pode elevar a produtividade médica em até 20% e melhorar a experiência dos pacientes. Pesquisas indicam que 45% das organizações que implementaram IA generativa registraram ganhos operacionais, e 85% relataram maior engajamento e satisfação do usuário, impacto especialmente relevante na área da saúde.
Tecnologia sem fronteiras
Outro impacto direto está na ampliação do acesso a serviços de qualidade. Ao permitir o desenvolvimento de soluções escaláveis e eficientes, a IA generativa pode ajudar a reduzir desigualdades regionais no Brasil, conectando pacientes em áreas remotas a especialistas por meio de telemedicina ou melhorando o fluxo de informações entre hospitais e clínicas.
O sucesso dessa transformação, no entanto, exige planejamento cuidadoso. Escolher casos de uso que gerem alto impacto e estejam alinhados às necessidades específicas de cada organização é essencial. No setor de saúde, isso pode significar priorizar iniciativas que melhorem a triagem de pacientes, prevejam riscos ou automatizem a gestão de recursos.
À medida que a IA generativa avança, é importante lembrar que estamos apenas começando a explorar seu potencial. As aplicações futuras podem trazer mudanças que ainda nem imaginamos, redefinindo a forma como enxergamos os cuidados com a saúde. Para alcançar esses resultados, o investimento em infraestrutura, talentos especializados e alinhamento estratégico é indispensável.
A integração da IA generativa à saúde no Brasil pode transformar o setor, especialmente com a criação de diretrizes regulatórias e incentivos para soluções nacionais. Parcerias público-privadas e investimentos de venture capital estão impulsionando startups a desenvolverem tecnologias adaptadas ao SUS e à saúde suplementar. Mais que uma ferramenta, a IA generativa é um catalisador para um sistema mais eficiente e centrado no paciente. As organizações que adotarem essa inovação estarão na vanguarda da saúde no país.
*Marcelo Mearim é CEO da Sofya no Brasil.