Um estudo recente publicado no European Journal of Radiology destaca avanços significativos no uso da ressonância magnética (RM) para o diagnóstico e estadiamento do câncer retal. Intitulado Mastering rectal cancer MRI: From foundational concepts to optimal staging (“Dominando a ressonância magnética para câncer retal: dos conceitos fundamentais ao estadiamento ideal”, em tradução livre), o artigo reúne especialistas do Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury, além de pesquisadores da Universidade de Iowa (EUA), Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Mayo Clinic e Universidade de São Paulo (USP). 

O impacto do câncer retal no Brasil 

O câncer retal é uma das neoplasias mais comuns no Brasil e tem a terceira maior taxa de mortalidade entre os tipos de câncer, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que, entre 2023 e 2025, o país registre 704 mil novos casos de câncer por ano, dos quais 45 mil serão de câncer colorretal. Diante desse cenário, o estudo buscou aprimorar o uso da RM para tornar o diagnóstico e o estadiamento mais precisos e eficazes. 

Metodologia e resultados da pesquisa 

A pesquisa analisou dados de 500 pacientes diagnosticados com câncer retal em instituições de saúde ao redor do mundo. Todos passaram por exames de RM, e os resultados confirmaram a alta eficácia da técnica na avaliação detalhada do tumor e das estruturas adjacentes. “A precisão da RM no estadiamento do câncer retal é essencial para o planejamento terapêutico e pode impactar diretamente a sobrevida dos pacientes”, afirma a Dra. Luciana Costa-Silva, radiologista e coordenadora de Educação Médica do Grupo Fleury em Minas Gerais, além de coautora do estudo. 

A ressonância magnética utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas dos órgãos e tecidos internos. No caso do câncer retal, a tecnologia permite visualizar com precisão o tumor, determinando seu tamanho, localização e possível invasão de estruturas vizinhas. “Essas informações são cruciais para definir a melhor estratégia de tratamento, que pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O uso da RM representa um avanço importante, permitindo abordagens mais personalizadas e eficazes para os pacientes”, conclui a Dra. Luciana.