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ZEISS: a união perfeita entre tecnologia e lifestyle

Article-ZEISS: a união perfeita entre tecnologia e lifestyle

Sven Hermann – Chief Sales & Marketing Officer

“O Brasil é um país avançado, que sempre aceita bem inovações e vem superando cada vez mais nossas expectativas. Com uma classe de altíssimo nível de oftalmologistas, que têm grande conhecimento dos produtos, e com ópticas que abraçam os projetos, é o lugar ideal para a ZEISS implementar novas iniciativas e, então, expandir para outros países da América Latina”. A declaração é de David Ferran, presidente da ZEISS para a América Latina, que nos recebeu no mês passado durante a ZEISS Convention, em Berlim, com o tema “Seeing Beyond”. Na convenção foram apresentados os últimos lançamentos da área de Vision Care para 2020.

O nosso estilo de vida mudou completamente se comparado a algumas décadas, desde a infância à maturidade. Estamos conectados o tempo todo e o planeta sofre mudanças a cada dia. A tecnologia evoluiu e está cada vez mais presente na vida das pessoas. Como consequência, verifica-se um aumento significativo de casos de miopia, catarata e outros problemas visuais.

Atualmente, as crianças estão convivendo mais em espaços internos e fechados. Ou seja, não há mais o exercício dos olhos para enxergar o longe e nem a incidência da luz natural, o que contribui para uma verdadeira epidemia de miopia. Outro fator que influencia o comportamento óptico, e que se estende por toda a vida adulta, é o uso de smartphones. Uma frase muito citada durante a conferência na explicação das tecnologias foi “decodificar a visão”, que é justamente traduzir a evolução do comportamento humano em melhores soluções.

Foi descoberto que é necessário considerar nos estudos de desenvolvimento um novo ponto físico da visão. Não somente o longe, o intermediário e o perto, mas o novo perto, o digital. Essa é justamente a distância que os nossos olhos estão dos celulares e computadores, para citar. Monitorando o comportamento visual, entendeu-se que com a “distância do ponto digital”, há uma alta dinamicidade entre as trocas de profundidade de visão e um maior escaneamento de área útil à volta do usuário. Descobriu-se que os olhos estavam se movimentando mais.

Se uma pessoa está caminhando pela rua com seu smartphone na mão, há uma série de coisas nas quais precisa prestar atenção. São vários eventos simultâneos que requerem atenção. A lente do olho precisa trabalhar sem pausa. O olho, deliberadamente, foca em um ponto específico, enquanto outros permanecem na periferia da visão. Trata-se de um cenário bastante diferente de quando o olho foca em apenas uma atividade específica, como a leitura de um livro, em um ambiente tranquilo.

Pensando no impacto que essa mudança comportamental traz para a saúde dos olhos, a marca alemã lança a SmartLife, um portfólio completo de lentes desenvolvidas para os desafios da visão de acordo com as necessidade do estilo de vida do usuário hoje. “Não ficamos parados frente as inovações e tecnologias”, disse David, “Queremos continuar como market shapers e sermos capazes de definir o mercado óptico nos próximos anos. Por exemplo, todas as nossas lentes já saem com Blue Protection, uma proteção às radiações dos aparelhos eletrônicos”. Uma das inovações apresentadas, foi a ampliação em 88% na cobertura de grau das lentes para acompanhar com qualidade esse aumento no campo de visão decorrente, principalmente, do uso de smartphones.

Também foram estudados desafios relacionados tanto ao envelhecimento populacional, com a catarata, quanto à radiação UV. São 36 milhões de deficientes visuais no mundo, destes, um terço por situações preveníveis de catarata. Na Amazônia, o número de pessoas atingidas é especialmente alto. Uma das principais causas é a intensa exposição à radiação UV, a qual as pessoas estão sujeitas nos trópicos. Outro problema é a falta de infraestrutura no sistema de cuidado de saúde das regiões remotas, neste caso, com 4 oftalmologistas para uma população de dois milhões de pessoas.

O Dr. Miguel Burnier, médico e professor brasileiro, que realiza pesquisas na McGill University em Montreal, foi um dos keynotes da convenção, e conduziu um estudo clinico que comprova o efeito da radiação ultravioleta no desenvolvimento direto do carcinoma basocelular. Um terço dos cânceres identificados no Brasil são relacionado à pele, sendo a pálpebra a pele mais sensível que temos no corpo. “‘Quando saímos no sol e passamos protetor, ninguém pensa nos olhos. E a mãe diz: não passa na pálpebra para não cair nos olhos”, diz Miguel em tom descontraído. Sendo reconhecido como um dos maiores especialistas no assunto, ele comenta que lentes claras para proteção, um dos desenvolvimentos da ZEISS, são uma ótima ideia para a adesão populacional. De forma geral, os fabricantes de lentes seguem padrões de proteção estabelecidos quando não havia tecnologia disponível para a total proteção, e cerca de 40% da radiação UV está nessa faixa não obrigatória, que é amplamente coberta nas lentes ZEISS.

“Nós estávamos sentados no board conversando sobre patentear a tecnologia, mas estamos cientes da responsabilidade para com a saúde óptica das pessoas. Decidimos então não patentear para que todos os players pudessem caminhar para lentes com proteção total”, disse Sven Hermann, Chief Sales & Marketing Officer da ZEISS, se referindo ao fato de que todas as lentes da marca são automaticamente cobertas com UVProtect e Blue Protection.

Uma particularidade da empresa é o fato de ser gerida pela Fundação Carl ZEISS, comprometida com a promoção da ciência e da saúde. “Essa é a nossa base. A fundação investe em educação e no desenvolvimento de ações sociais [como o projeto na Amazônia, citado anteriormente, entre outros]. Por exemplo, a tecnologia de manufatura de semicondutores levou 28 anos de desenvolvimento e cerca de 800 milhões de euros. Se fosse uma empresa tradicional e eu dissesse: Me dê alguns milhões e tempo ilimitado de desenvolvimento. Como você acha que isso seria?” explica Joachim Kuss, Head of Communications ZEISS for Consumer Markets Segment, reforçando o fato de que, por ter uma fundação como estrutura organizacional, é possível uma maior liberdade estratégica para visão de longo prazo.

A ZEISS é também responsável por contribuir nas grandes inovações e descobertas em prol da humanidade: microscópios que ajudaram o desenvolvimento da penicilina, câmeras que puderam capturar a primeira imagem da Lua, microchips para processadores de celulares, entre outras. Invenções que ajudaram em descobertas que renderam prêmios Nobel. “Um verdadeiro legado é continuar a colocar excelentes produtos nas mãos de experts” finaliza Sven Hermann.