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As tecnologias em saúde com intervenções via internet funcionam?

Article-As tecnologias em saúde com intervenções via internet funcionam?

Tecnologias em saúde
Uma nova pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association descobriu que tecnologias em saúde em forma de intervenções via internet ou celular para dietas, exercícios e vícios em cigarro ou álcool são, em geral, eficientes

– mas existem buracos nas evidências que baseiam este resultado.

Primeiramente, os pesquisadores notaram a falta de estudos a longo prazo, já que poucos duram mais do que um ano. Em segundo lugar, eles descobriram que as pesquisas têm menos probabilidade de usar como alvo populações de risco.

‘’Nós descobrimos que as evidências da eficácia da informação e das tecnologias em saúde vêm principalmente de pesquisas a curto prazo (menos de seis meses), com poucos dados de sua eficácia a longo prazo e sua sustentabilidade’’, escreveram os pesquisadores. ‘’Adicionalmente, a maioria dos estudos são feitos em países de primeiro mundo e com voluntários que geralmente estão mais motivados e educados do que o público em geral. Isso pode limitar a capacidade de generalizar descobertas, destacando a necessidade de mais evidências em estudos com maior duração, a inclusão de subgrupos diferentes e alvos de países em desenvolvimento’’.

Os sete autores, afiliados com diferentes universidades dentro e fora dos Estados Unidos, observaram 8600 abstratos para identificar 224 estudos que estão dentro de seus critérios de inclusão. Eles procuraram estudos que mostravam a intervenção de tecnologias em saúde para doenças não comunicáveis, excluindo pesquisas que duraram menos de uma semana ou tiveram menos de 50 entrevistados.

Os resultados que eles conseguiram foram promissores. Em estudos de dieta e adiposidade, 69% das intervenções de tecnologias em saúde via internet, 66% das feitas por celular e 81% feitas pelos dois veículos mostraram melhoras significantes. Para atividade física, 88% das intervenções de internet e 79% de sensores (wearables) tiveram efeitos positivos.

No caso de vícios em álcool e cigarros, os resultados são menos consistentes. Somente 2 de 7 intervenções de tecnologias em saúde para cigarros e 34% para álcool tiveram resultados positivos.

O estudo também buscou lições a serem aprendidas dos estudos que tiveram resultados positivos e negativos. Eles identificaram as melhores práticas em diferentes áreas.

‘’Nós descobrimos que usando estratégias de mudanças de comportamento, podemos melhorar a eficácia de intervenções de tecnologias em saúde via internet ou celular’’, escreveram os pesquisadores. ‘’Por exemplo, em estudos de dieta e adiposidade, as intervenções foram mais eficazes adotando diferentes modos de comunicação, usando mensagens customizadas e possibilitando o automonitoramento. Também descobrimos que a interação com médicos pode aumentar a taxa de sucesso. Por exemplo, em estudos sobre cigarro, as intervenções tendem a ser mais eficientes se incluírem interação direta entre fumante e médico. Essas descobertas podem ajudar a desenvolver tecnologias em saúde que são mais eficazes e têm maior taxa de aderência’’.

Não deixe de ver as discussões sobre tecnologia em saúde que acontecerão durante o HIS – Hospital Innovation Show.

Serviço:

Hospital Innovation Show

Datas: 27 e 28 de setembro

Local: São Paulo Expo

Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda

Este artigo foi adaptado do site MobiHealthNews