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Quatro tecnologias que são tendência para indústria médica

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O setor de saúde no Brasil é o sétimo maior do mundo. A tecnologia está sendo uma grande aliada da indústria para promover inovação e agilidade

Cada vez mais a tecnologia está mudar a rotina dos profissionais da saúde e transformando o setor. O Brasil é o país que mais gasta com saúde na América latina e o sétimo maior mercado do mundo, movimentando US$ 42 bilhões anualmente, segundo a pesquisa Global Startup Ecosystem Report, do Startup Genome. Em um mercado tão grande, ferramentas digitais ganham espaço ao facilitar o dia a dia de quem trabalha na área.

Segundo Walmoli Gerber, diretor da Vertical Saúde da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), o mercado está se atualizando e entendendo cada vez melhor a relevância da tecnologia para a saúde. “Os grandes hospitais e corporações estão em uma corrida para implementar  ferramentas tecnológicas em suas atividades”, afirma Walmoli. “Também há uma busca cada vez maior por profissionais com uma visão inovadora da medicina, atrelada à tecnologia, para agregar cada vez mais capacidade de gestão ao setor e oferecer maiores benefícios para o usuário final dos sistemas de saúde”, completa.

Conheça quatro tecnologias que estão gerando impacto para a indústria da saúde:

Prontuário eletrônico

De acordo com a Resolução CFM Nº 1.821/07, os prontuários médicos em papel que não foram arquivados eletronicamente devem ser guardados por um prazo mínimo de 20 anos após a morte do paciente. Isso gera gastos desnecessários e demanda espaço físico para armazenamento. Com o prontuário médico eletrônico, os documentos ficam salvos desde que são gerados até o fim do período obrigatório com segurança e ocupando apenas a memória dos computadores. “Os médicos assinam os prontuários digitalmente, o que garante sua autenticidade e proteção”, explica Rafael Godinho, Diretor Comercial na BRy Tecnologia, empresa que atua na aplicação de protocolos criptográficos para tornar operações digitais mais seguras.. “Além dos prontuários, a tecnologia de certificação digital pode ser utilizada também para atestado médico online, receituário eletrônico e outros processos, tornando o atendimento mais ágil e mantendo as informações dos pacientes seguras”, afirma o executivo.

Automação para vender

O setor de saúde pública presencia outros desafios, como a falta de verba e a necessidade de atrair representantes da indústria para os processos licitatórios. Conforme ocorre a digitalização dos processos de compra da União, a saúde se beneficia com novos fornecedores e melhores preços. Do outro lado, é preciso oferecer estrutura para democratizar o acesso dos novos fornecedores aos processos licitatórios, e é aí que entra a tecnologia da Effecti. A empresa é especializada em desenvolver soluções de automação para fornecedores participantes de licitação. “Quando o processo ocorre por pregão eletrônico, fornecedores de todo o Brasil podem concorrer. Com a automação, eles ficam habilitados para participar de várias licitações por dia, sabendo quando algum edital está aberto ou não”, diz Fernando Salla, CEO da empresa. Segundo o executivo, isso gera mais economia para o Estado, que passa a ter acesso a produtos mais baratos.

Análise de dados e medicina preventiva

Existem softwares desenvolvidos para otimizar os custos das operadoras de saúde e, ao mesmo tempo, aumentar a eficácia dos serviços ofertados aos usuários. Esse é o objetivo do Dictas, idealizado por uma equipe especialista em ciência de dados, com conhecimento e experiência em gestão de saúde. A ferramenta, que faz parte do portfólio da Softplan de soluções para saúde, fornece um acesso a painéis com indicadores, usando Machine Learning, Big Data e Advanced Analytics, além de inteligência artificial, para detectar gastos desnecessários e que não beneficiam os assistidos pelos planos. Por meio de uma  investigação minuciosa, a tecnologia realiza simulações, mapeia os dados coletados e/ou cruzados e recomenda, de forma preditiva, intervenções a serem feitas pelos gestores do sistema. Vai além: também pode ser usada na medicina preventiva, classificando os pacientes por grupos de riscos, sugerindo grupos por tipo de patologia crônica e identificando exames que poderiam ser realizados antecipadamente pelos usuários para evitar o aparecimento e o desenvolvimento de possíveis doenças.

Monitoramento do processo comercial

Em alguns segmentos da saúde, como o de seguradoras ou o de distribuidoras de insumos e equipamentos médicos, o processo comercial é consultivo. Exige dos vendedores diversos contatos com os clientes até que um negócio seja fechado - seja enviando informações, demonstrando a utilização dos produtos ou esclarecendo dúvidas quanto aos contratos, que em geral são longos. Por isso, registrar e acompanhar cada etapa de uma negociação é uma tarefa essencial. Empresas do setor, como a Unimed, têm feito isso com o Agendor, plataforma de gestão comercial e CRM (gestão de relacionamento com clientes). No sistema, em nuvem (SaaS), é possível centralizar dados de clientes, acompanhar vendas e ter maior visibilidade sobre os negócios. As informações podem ser acessadas pelo aplicativo de qualquer lugar, mesmo sem internet. “Com o Agendor, é possível verificar com facilidade quantas ligações foram feitas, que pessoas foram contatadas, como foi a reação a uma proposta, entre outros dados”, diz Gustavo Paulillo, cofundador e CEO do Agendor. “Isso permite identificar padrões e perceber quais práticas de venda funcionam melhor ou quais etapas merecem ser aperfeiçoadas”.