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Quais os benefícios da cirurgia robótica?

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Cirurgia robótica confere maior precisão o médico realizar o procedimento e um pós-operatório mais seguro para o paciente

Quando comparada à cirurgia convencional, a cirurgia robótica mostra-se muito mais segura, tanto para o paciente, quanto para o médico. O Brasil já conta com esse robôs que são usados para os mais diversos tipos de cirurgia: próstata, bexiga, rim, coração, ortopedia, neurologia, aparelho reprodutor e digestivo. Eles também operam na área de dermatologia, em procedimentos de implante capilar, e apneia do sono.

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Além da precisão na hora da operação, o robô transmite uma imagem em alta definição, que chega de 10 a 15 vezes amplificada para o médico, facilitando a preservação de órgão e estruturas importantes. “A tecnologia utilizada no braço do robô faz com que ele se movimente como uma mão dentro do paciente, replicando o movimento do médico. Conta ainda com liberdade de movimento de 7 graus, isso significa que se  rodarmos a mão, o robô roda mais lá dentro. Ele tem mais movimento que o nosso punho”, explica Dr. Carlo Passerotti, urologista, pós-doutorado em Cirurgia Robótica pela Harvard Medical School (EUA), e precursor da cirurgia robótica no Brasil, com mais de 700 cirurgias entre crianças, adultos e idosos.

A cirurgia robótica também apresenta muitos benefícios no pós-operatório. Sangra menos do que uma cirurgia aberta e a taxa de sobrevivência também é maior. Para próstata, por exemplo, sangra cerca de um terço do que uma cirurgia aberta. “O tempo de internação cai de 5 para 2 dias, com a vantagem de o paciente voltar à sua rotina mais rápido. Isso ocorre por conta das cicatrizes que são pequenas, entre 5 a 8 milímetros. O risco de infecção também diminui, pois o médico não põe a mão na ferida”, comenta Dr. Carlo, que é coordenador do Núcleo de Cirurgia Robótica, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e professor livre-docente da disciplina de Urologia, no Hospital das Clínicas (SP).

No entanto, um fator que dificulta o treinamento de médicos para a utilização da tecnologia é a quantidade de equipamentos distribuídos pelo país, sendo apenas 15, localizados apenas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.