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TIC Saúde destaca telessaúde em unidades públicas

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Em sua segunda edição, a pesquisa TIC Saúde investiga a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos estabelecimentos de saúde.

A TIC Saúde 2014, pesquisa conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), aponta a importância das ações de educação e pesquisa a distância em saúde em estabelecimentos do setor público no Brasil. Os indicadores e a publicação, que apresenta uma análise dos resultados da pesquisa, foram lançados nesta quinta-feira (20) durante o 15º Congresso Mundial de Informática em Saúde, o Medinfo 2015, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Em sua segunda edição, a pesquisa TIC Saúde investiga a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos estabelecimentos de saúde e a apropriação desses recursos pelos profissionais do setor. Em 2014, foram entrevistados 2.121 estabelecimentos de saúde públicos e privados de todo o País, bem como 1.067 médicos e 2.037 enfermeiros. A pesquisa foi realizada entre setembro de 2014 e março de 2015.

Telessaúde

O uso das TIC para prover iniciativas de saúde à distância, conhecido como telessaúde, aparece com maior destaque entre os estabelecimentos públicos de saúde. Ações de educação a distância estão disponíveis em 27% dos estabelecimentos de saúde com acesso à Internet – entre os estabelecimentos públicos essa proporção chega a 41%. Atividades de pesquisa a distância são realizadas por 20% dos estabelecimentos, percentual que é maior entre os estabelecimentos públicos (28%). Ainda entre os estabelecimentos com Internet, 21% participam de alguma rede de telessaúde. No setor público, o percentual de participantes de alguma rede chega a 37%, enquanto apenas 8% dos privados o fazem. Ainda é reduzida a presença de serviços de monitoramento remoto de pacientes (8% dos estabelecimentos de saúde com acesso à Internet).

“O avanço da telessaúde é uma tendência importante, pois mostra o desenvolvimento de políticas públicas alinhadas ao uso de tecnologia. É essencial manter mecanismos de capacitação e treinamento dos profissionais, além de permitir a interação com outros estabelecimentos de saúde e até de atendimento ou diagnóstico remoto de pacientes”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Dados de pacientes disponíveis eletronicamente

A pesquisa TIC Saúde 2014 identificou que 52% dos estabelecimentos que utilizaram a Internet nos últimos 12 meses possuem algum tipo de registro eletrônico das informações presentes nos prontuários dos pacientes. Em 29% dos estabelecimentos, o registro das informações dos pacientes está parte em papel e parte em formato eletrônico, e em 23% totalmente eletrônica. Por outro lado, 45% dos estabelecimentos que utilizaram a Internet nos últimos 12 meses fazem os registros totalmente em papel. De acordo com a TIC Saúde 2014, esta incorporação é mais baixa entre os estabelecimentos com internação, o que pode estar associado à complexidade do registro de informações clínicas neste tipo de local.

Os dados cadastrais predominam entre as informações de pacientes disponíveis eletronicamente, e estão presentes em 73% dos estabelecimentos de saúde. Já os dados relativos à atenção clínica possuem menor disponibilidade: 31% dos estabelecimentos com Internet declaram ter informações disponíveis eletronicamente sobre alergias, 26% sobre vacinas, 25% sobre sinais vitais e 18% possuem imagens de exames radiológicos. Em relação à segurança da informação, observou-se que 35% dos estabelecimentos de saúde conectados à rede possuem uma política interna de segurança regida por manual ou documento.

Barreiras para uso e percepção do impacto das TIC

A falta de recursos para investimento em tecnologia é vista por 79% dos médicos e 78% dos enfermeiros como barreira para a implantação de sistemas eletrônicos. Entre os itens apresentados pela pesquisa, os profissionais de saúde veem também a falta de prioridade das políticas públicas (76% dos médicos e 69% dos enfermeiros) e a falta de treinamento (70% dos médicos e 68% dos enfermeiros) como barreiras significativas para a adoção de soluções tecnológicas.

Embora a maioria dos médicos e enfermeiros declare não perceber a diminuição na carga de trabalho por conta do uso de tecnologias, a percepção em relação ao cuidado com o paciente e gestão das rotinas médicas é positiva – para 72% dos médicos e 76% dos enfermeiros, a implantação de sistemas eletrônicos possibilitou a melhora da qualidade do tratamento como um todo.

Para mais informações sobre a pesquisa TIC Saúde 2014, acesse: http://cetic.br/.