"Temos que mudar a cultura da nossa pesquisa, ela precisa competir, precisa ter métodos, ser estruturada", disse Aldo Rebelo, Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
No encerramento do Congresso Internacional de Sistemas de Saúde, que aconteceu na última quinta-feira, dia 21/05, na Feira Hospitalar, o Ministro contou sobre sua visão ideal de pesquisa e sobre passos que devemos tomar para que o Brasil tenha maior relevância internacional com as investigações realizadas.
Segundo ele, no começo dos anos noventa, havia a ideia de que o Japão superaria os EUA nos próximos dez anos com base na inovação. A sociedade americana estava com a competitividade em declínio e o Japão em ascensão.
Uma pesquisadora americana disse ao então presidente, Bill Clinton que os EUA tinham os melhores institutos de pesquisa do mundo, os melhores pesquisadores e empresas com grande capacidade de inovar. Para ela, o problema é que não havia os recursos para os institutos, a mobilização dos pesquisadores e as pesquisas da empresa. A sugestão da pesquisadora foi de aplicar uma quantia para criar projetos e juntar os elos. Depois disso, não se falou mais em competitividade, os Estados Unidos mantiveram a liderança.
"Faltam recursos de empresas, não bastam os recursos do poder público. As empresas nacionais capazes de investir em P&D, como a Embrapa, a Embraer, não são em grande número. Temos que motivar as empresas multinacionais a fazerem P&D no Brasil. Tentamos através da lei de incentivo, da lei do bem... Temos que achar um caminho que não seja porque simplesmente é algo bom, mas porque dá resultados."
Para isso, precisamos estruturar nossos modelos de pesquisa para termos não somente mais pesquisas, mas também trabalhos com maior relevância e qualidade.
