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Pela manutenção do dinamismo da indústria

Article-Pela manutenção do dinamismo da indústria

Leia, na íntegra, material produzido pelo Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi)

Esta Análise traz um resumo dos principais pontos da Carta IEDI divulgada nesta sexta-feira (20), a qual apresenta a evolução da produção física da indústria brasileira no primeiro semestre deste ano, segundo a intensidade tecnológica. No primeiro semestre de 2010, a produção física da indústria de transformação cresceu 16,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Mais do que isso, vis-à-vis janeiro-junho de 2008 ? o de mais elevado patamar ? a indústria de transformação cresceu 0,6%, recuperando-se do nível pré-crise.
Conheça outras análises macroeconômicas no portal do Iedi.
Uma maneira de observar as especificidades da expansão industrial no primeiro semestre é agregar as atividades e subsetores seguindo a tipologia adotada pela OCDE de intensidade tecnológica, dividindo a indústria de transformação em quatro faixas: de alta, média-alta, média-baixa e baixa intensidade.
Desses quatro grupos de atividades, a maior alta no primeiro semestre de 2010 vis-à-vis igual período do ano anterior foi lograda pela faixa de média-alta intensidade tecnológica, com variação de 27,0%. Ainda assim, caso se confronte a primeira metade de 2010 com igual acumulado de 2008, a taxa é negativa: 1,1%. No contraponto entre meses de junho de 2010 e 2009, a indústria de média-alta intensidade atingiu 16,8%. Já em doze meses terminados em junho, versus os doze meses anteriores, a variação foi de 10,5%.
De modo similar, o conjunto de indústrias de média-baixa intensidade logrou expansão de dois dígitos no semestre frente ao mesmo período de 2009, 17,4%, mas sem ainda registrar acréscimo perante a primeira metade de 2008 ? variação de -0,2%. Na comparação com igual mês do ano anterior (junho), o crescimento foi de 14,2%. No acumulado de quatro trimestres frente aos quatro trimestres anteriores, a produção física das atividades de média-alta intensidade cresceram 6,5%.
Os segmentos de alta e de baixa intensidade lograram não apenas taxas positivas na comparação entre primeiros semestres de 2010 e de 2009, com taxas de 10,7% e 8,2%, respectivamente, mas também registraram taxas positivas na comparação com janeiro-junho de 2008: taxas de 2,5% e 2,4%, respectivamente. No caso das atividades de alta intensidade, a expansão no mês de junho frente ao mesmo mês de 2009 foi de apenas 0,7%. Já a comparação pelo acumulado em quatro trimestres alcançou 4,2%. Em se tratando das atividades de baixa intensidade, no contraponto entre meses de junho, a produção física cresceu 8,3%. Pelo acumulado dos doze meses, o incremento das atividades de baixa intensidade tecnológica atingiu 3,9%.
Em que pese tanto, há fatores no plano nacional para se preocupar no que tange à manutenção do dinamismo. Dentre estes estão: a persistência do câmbio apreciado; taxas de juros domésticas elevadas (reforçando o câmbio apreciado), com o aumento recente da Selic devendo afetar o consumo no segundo semestre; a complexidade do sistema tributário; o descasamento entre qualificação dos recursos humanos e as necessidades da produção e investimento; sem falar dos óbices relativos à infra-estrutura do País.
O enfrentamento de tais dificuldades é uma necessidade reconhecida por vários especialistas. A questão é reconhecer que o investimento no plano global é algo escasso e que o País deve procurar meios para que os horizontes da produção se ampliem, fomentando o investimento que vem na seqüência.
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