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Países de baixa e média renda são os que mais sofrem com o câncer

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Se o financiamento internacional a favor do câncer aumentasse, poderia haver uma redução de 30% nas mortes em países de baixa e média renda até 2030

Estudo da União Internacional de Controle do Câncer (UICC) alerta que milhões de vidas poderiam ser salvas caso o investimento em serviços de câncer em todo o mundo fosse maior. Aproveitando este dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro), o Saúde Business publica alguns apontamentos de especialistas do UICC para o combate ao câncer: 




• O aumento do financiamento da comunidade internacional anual de US$ 18 bilhões poderia salvar três milhões de vidas por ano até 2030 e muitos mais em sucessivas décadas através da prevenção, detecção precoce e melhoria dos cuidados
• O aumento do financiamento também proporcionaria o alívio da dor para milhões de pessoas que morrerão de câncer neste período
• Somente a triplicação dos impostos sobre o tabaco aumentaria as receitas fiscais disponíveis aos governos para US$ 400 bilhões por ano e poderia incentivar um terço dos fumantes a parar de fumar 


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Situação dos países de baixa e média renda
O professor Tezer Kutluk, presidente da UICC, conta que mais dos oito milhões de pessoas que morrem de câncer por ano, mais de 60% delas estão em países de baixa e média renda – sendo a maioria no segmento de renda média, como é o caso do Brasil. Se não houver medidas no curto prazo, a tendência é que a situação se agrave por causa do envelhecimento populacional em diversas regiões do planeta. 


O pacote de US$ 18 bilhões, segundo o professor, é acessível para muitos países, mas irrealista para as nações mais pobres do mundo.

Os dados apresentados durante o Congresso Mundial do Câncer (DCP3, Cancer) em dezembro deste ano, apontou para a necessidade de se aumentar os gastos com câncer de, pelo menos, 2 a 5% do orçamento da Saúde. Já os de baixa renda, com poucas instalações adequadas e especialistas na área, devem ter apoio da comunidade internacional para construir sua capacidade de acolher os pacientes oncológicos, algo que deve durar no mínimo uma década. 


A Organização Mundial de Saúde (
OMS) recomendou "melhores compras" para doenças não transmissíveis (DNT) em 2011, incluindo estas intervenções de prevenção do câncer:


• Tributação do tabaco, regulação e controle para reduzir cânceres relacionados com o tabaco
• Vacinação contra Hepatite B (HBV), para prevenir o câncer de fígado
• Monitoramento e tratamento para lesões do colo do útero pré-cancerosas


E o Brasil?
Com um
diagnóstico precoce, a taxa de cura do câncer hoje chega a 85%. As instituições brasileiras têm procurado investir em seus serviços oncológicos, até pelo aumento da demanda e rentabilidade da especialidade, o que tem contribuído para a queda da mortalidade por câncer no País. Hoje o câncer é considerado a segunda principal causa de morte no Brasil, assim como no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares.

*O Dia Mundial do Câncer acontece todos os anos no dia 4 de fevereiro e é a única iniciativa em que a comunidade internacional se une de forma mais estruturada na luta contra a epidemia global do câncer.

A UICC é a maior organização de luta contra o câncer de seu tipo, com mais de 800 organizações-membro em 155 países que representam as principais sociedades de câncer do mundo, ministérios da saúde, institutos de pesquisa, centros de tratamento e grupos de pacientes.