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O que acontece quando um programa de monitoramento remoto acaba?

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Philips

Dado o aumento de mortalidade por doenças cardíacas, abordagens diferentes e multidisciplinares têm sido recomendadas para a otimização de resultados do tratamento, seja em forma de programas de gestão da doença ou outros modelos integrativos de cuidado.

Um estudo realizado nos hospitais da Partners HealthCare, em Boston, acompanhou 348 pacientes em para verificar os efeitos do monitoramento remoto em pacientes com doença cardíaca. Esta estratégia tem se tornado uma parte importante das abordagens de gestão da doença, no entanto, há poucos estudos sobre o resultado a longo prazo deste tipo de intervenção.

O objetivo do estudo é avaliar o efeito no telemonitoramento de doenças cardíacas nas taxas de hospitalização e mortalidade em uma base de dados retrospectiva de pacientes que receberam cuidados no Hospital Geral de Massachusetts.

Os pacientes com acesso ao programa de monitoramento remoto por quatro meses tiveram sua evolução comparada com um grupo de pacientes com cuidados convencionais. Os dados observados envolveram mortalidade e hospitalização durante os quatro meses, hospitalização e taxas de mortalidade após o período do programa.

Depois de 30 dias, cerca de 24% dos pacientes com monitoramento remoto foram hospitalizados, em comparação a 49% do grupo controle. Já após 60 dias, 43% do primeiro grupo e 68% do GC precisaram de hospitalização. Ao final do programa, 75% dos pacientes acompanhados foram readmitidos e 97% dos pacientes do GC precisaram do cuidado.

Ao final do programa, os pesquisadores ainda avaliaram um período de oito meses e perceberam que a taxa de admissão hospitalar sofreu grande alteração e passou a ser maior nos pacientes do grupo teste. Foram contabilizadas 180 hospitalizações no grupo monitorado e 151 no GC.

Algumas possibilidades foram consideradas devido a este aumento. A primeira delas é que é possível que os componentes educacionais do programa de monitoramento deixaram os pacientes mais sensíveis a sinais de atenção em relação à doença, tornando-os mais propensos à decisão de ir ao hospital em caso de alteração. Por outro lado, é possível que os pacientes com monitoramento remoto tenham falhado no desenvolvimento de habilidades de auto-monitoramento, devido a atenção que receberam durante o programa.

O hospital está repensando o programa para que haja maior aprendizado dos pacientes durante o período de intervenção. Assim, espera-se que os indivíduos tenham resultados positivos mesmo após o término do monitoramento.