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Já ouviu falar de Coworking Médico?

Article-Já ouviu falar de Coworking Médico?

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Flexibilidade de horários, facilidades administrativas e ausência dos custos fixos do consultório. Esse é um novo conceito de coworking médico com salas-padrão são adaptáveis a várias especialidades, desde pediatria a fonoaudiologia.

Após uma temporada no Vale do Silício, Claudio Mifano e seus sócios decidiram modernizar o ambiente médico através de design e tecnologia. A Livance, empresa que surgiu dessa fusão não se parece em nada um consultório tradicional, é colorida, digital e com ares de estúdio criativo.

O modelo de negócio é baseado em uma taxa fixa por mês para os profissionais utilizarem o espaço comunitário, equipado como um escritório compartilhado, e uma tarifa por minuto de uso de consultório. A empresa não cobra porcentagem sobre o atendimento e o profissional é livre para cobrar quanto quiser em suas consultas, um serviço pay-per-use.

Além da flexibilidade de horário, outra vantagem é o suporte administrativo-financeiro, de marketing e relacionamento que o espaço propõe. Assim que o profissional se credencia ao coworking médico, é criado um site com suas informações de atendimento, linha telefônica com secretária personalizada e sistema de agendamento. Ele também tem acesso a um aplicativo, no qual pode gerenciar sua agenda.

Como o espaço é automatizado, o aplicativo é integrado com o totem localizado na recepção. Assim que o paciente chega para a consulta, ele se depara com uma sala de estar, com sofás, café, livros, música e um totem. Não há recepcionista no local. O check-in, como eles dizem, é realizado pelo próprio paciente na máquina. Como a plataforma é integrada ao aplicativo, o médico recebe uma notificação no mesmo instante e pode se preparar para a consulta.

Uma vez realizada a consulta, o paciente retorna ao totem e realiza o pagamento através da máquina de cartão. Nesse modelo não há bitributação, o paciente paga diretamente para o médico, e este paga para a empresa ao final do mês. É importante ressaltar que, para o paciente, não transparece a figura do coworking médico, e o local pode facilmente passar como um tradicional andar de médicos, só que repaginado.

No aplicativo também é possível verificar quantos minutos já foram utilizados de consultório e qual foi a sua receita até o momento. Isso possibilita um balanço entre o preço praticado, o tempo de atendimento e o lucro desejado. O profissional tem total autonomia em estipular um valor à sua prática e os horários que deseja trabalhar.

“Na verdade, você tem uma eficiência financeira muito grande. Pra começar, você não precisa investir um capital inicial, e você não tem todo o seu custo fixo de um consultório se você não atender. Em casos de profissionais em começo de carreira, a agenda do médico não costuma ser cheia, porque é difícil. A gente traz um fôlego financeiro muito grande, porque o custo fixo aqui acaba sendo muito baixo. Você tem uma mensalidade mínima, para ter acesso à infraestrutura e depois os pagamentos são conforme a utilização da sala.”, disse Claudio, CEO da Livance. Como o tempo de maturação de uma carteira é geralmente longo, o foco é proporcionar uma equalização financeira ao profissional.

De início, foram mapeados alguns perfis que devem se beneficiar do uso da empresa: profissionais de início de carreira, àqueles que já trabalham em uma clínica grande e querem abrir o próprio negócio, cirurgiões que passam muito tempo no hospital e não tem a necessidade de um consultório full time, profissional encerrando a carreira e os que fora de São Paulo que vêm para a capital somente a cada período de tempo.

Outro apoio é em relação ao negócio do credenciado. A empresa promove encontros para fortalecer as indicações e networking entre os profissionais, a ideia é fortalecer o coworking como uma comunidade médica. Os auxílios também passam por temas educacionais, como contabilidade, relação médico-paciente e investimentos pessoais.

Para o futuro, a Livance pretende inaugurar novas unidades, não só em São Paulo, mas em outras cidades do Brasil. Um estudo foi realizado e o modelo se adequa a cidades acima de 500k habitantes, com bons índices de locomoção e volume de profissionais. Segundo o mapeamento, cerca de 20 cidades se enquadram no perfil.