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Expandindo tecnologia e inovação na Oncologia

Article-Expandindo tecnologia e inovação na Oncologia

Evelyn Lazaridis

A Oncologia é uma área que tem ganhado espaço nas últimas três décadas na indústria farmacêutica devido à crescente incidência da doença no mundo. No Brasil, são mais de 625 mil novos casos no biênio 2020-2022, segundo o INCA, e mais de 18 milhões de novos casos no mundo, segundo a OMS.

Hoje, esta área terapêutica abrange 40% da maioria das farmacêuticas e o investimento em pesquisa e desenvolvimento crescente mostra que esse percentual tende a crescer, uma boa notícia para os pacientes.

As constantes pesquisas trouxeram medicações que podem oferecer resposta terapêutica completa, serem usadas de formas combinadas, dependendo da neoplasia e, até mesmo, tornar o câncer uma doença crônica e manejável - como diabetes, por exemplo - e não mais fatal.

A indústria farmacêutica, aliada a pesquisadores, tem um escopo de trabalho focado na transformação não só do tratamento, mas nas terapias oferecidas aos pacientes. Penso que precisamos continuar investindo e pesquisando moléculas com abordagens diferenciadas e inovadoras, evoluindo de um portfólio oncológico 1.0 para um pipeline 2.0, para que os oncologistas clínicos ofereçam soluções mais assertivas para a sobrevida dos indivíduos.

Para promover esta transformação na área, a estratégia da GSK, por exemplo, foi de antecipar o que pode ser relevante no sequenciamento do tratamento, posteriormente ao uso de imuno-oncológicos (anti-PD-1/anti-PD-L1), quando este mecanismo ainda estava no começo: focamos no ponto de controle de agonistas, nas terapias celulares para tumores sólidos, no desenvolvimento agnóstico da modalidade e nas sinergias de portfólio.

Aliás, estamos investindo em pesquisas para os tumores sólidos, a fim de alcançá-los por meio da terapia celular. Estão ainda no nosso pipeline, os imunológicos e as terapias baseadas na epigenética e na letalidade sintética, as quais cada vez mais ganham espaço por promover a morte da célula tumoral por mecanismos mais modernos e eficazes.

Outro destaque é a oferta de terapias orais, opções que ganharam novos olhares dos especialistas durante a pandemia, como forma de evitar a exposição de pacientes em tratamento a aglomerações e, possivelmente, ao vírus do Covid-19.

Infelizmente, não há medicação oral para todos os tipos de câncer, mas poderá ser uma opção para alguns deles. Esperamos, em breve, disponibilizar medicamentos inovadores para o câncer de ovário e endométrio no país.

A indústria farmacêutica tem se mostrado aberta inclusive para as parceiras com startups e biotechs que promovem a renovação das pesquisas, de estudos clínicos, além de novas combinações entre medicações ainda não pensadas, promovendo, assim, a evolução das terapias oncológicas.

Por isso, a aquisição de empresas, como a Tesaro, e as parcerias com a AdaptImmune, Merck KGaA, Lyell Immunopharma, Ideaya, 23andme, entre outras, foram imprescindíveis para trazer esta inovação à GSK, tornando nosso portfólio significamente mais robusto no último ano, com 15 opções terapêuticas em desenvolvimento, duplicando o número de ativos.

E vamos estender esta mesma filosofia para o Brasil, pois acreditamos no potencial das instituições e cientistas nacionais, o que poderá fomentar e incentivar a geração de dados científicos baseados em estudos no Pais. Atualmente, temos seis estudos em desenvolvimento no país, envolvendo 59 centros de pesquisa e 144 participantes.

Nossa variedade genética enriquece as pesquisas e pode oferecer novas abordagens de tratamentos a pacientes e prescritores, mas, principalmente, dá acesso a eles a terapias de última geração.

A Oncologia se mostra cada vez mais fascinante, não só pelo conhecimento produzido nas últimas décadas, mas também pelo que ainda vamos descobrir. Neste caminho da pesquisa, estamos ajudando a melhorar e transformar a vida de milhões, entre pacientes, familiares e profissionais de saúde.

Por Dra. Evelyn Lazaridis, diretora médica da GSK Brasil

TAG: Indústria