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Elsa-Brasil vai retratar saúde brasileira em 2015

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Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto visa fomentar o desenvolvimento de novas investigações e subsidiar políticas públicas de saúde às necessidades nacionais

Com o objetivo de discutir a realidade brasileira, usando como base informações sobre doenças cardiovasculares e diabetes e sua relação com os determinantes sociais e biológicos, que o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) foi desenvolvido em agosto de 2008. Atualmente foi incluído ao estudo o câncer e novos dados estão sendo colhidos para serem disponibilizados no final do ano de 2015.

Participam *seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do país, entre as quais a Fiocruz.

Em setembro deste ano o estudo encerrou a segunda fase de coleta de dados com os participantes, chamada Onda 2, no Rio de Janeiro. Outros estados precisam finalizar a etapa para que, posteriormente, os pesquisadores possam aprofundar os conhecimentos a partir dos dados coletados.

De acordo com a pesquisadora colaboradora do estudo, Arlinda Moreno, o que pode ser adiantado e dito em relação ao Rio de Janeiro é que houve um percentual de perda de participação muito pequeno em relação à primeira onda. 


O sucesso de pesquisas como o Elsa depende, principalmente, da participação dos voluntários, pois se as pessoas abandonam a iniciativa, a longevidade da pesquisa é diminuída.

Apontamentos
Na primeira onda do Elsa, realizada entre os anos de 2008 e 2010, 15.105 voluntários – todos servidores com idade entre 35 e 74 anos - realizaram entrevistas e exames para a avaliação inicial do estudo. Os dados coletados revelaram que 37% (5.667) da população brasileira estudada estava hipertensa. A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).

Particularidades nacionais
Estudos como o Elsa já foram feitos em diferentes países desenvolvidos e os resultados serviram como base para recomendações sobre hábitos alimentares e físicos. Estes estudos não contemplam, entretanto, as diversidades do Brasil. “Muita coisa já se sabe, mas quase tudo lá fora. A ideia, a partir do Elsa, é tentar conhecer, de fato, a realidade brasileira. Saber se temos dados semelhantes, ou diferentes. Saber como estamos aqui”, afirmou a coordenadora-adjunta do Estudo no Rio de Janeiro, Maria de Jesus, em comunicado. 


O estudo não tem o objetivo de diagnosticar e tratar doenças, visa, na realidade, fomentar o desenvolvimento de novas investigações e subsidiar políticas públicas de saúde às necessidades nacionais. 


*As instituições que formam o consórcio responsável pelo Elsa, além da Fiocruz, são:
Universidade Federal da Bahia
Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade de São Paulo