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Economia global: pressão das commodities

Article-Economia global: pressão das commodities

Confira, na íntegra, análise do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial

Os preços internacionais das commodities voltaram a registrar expressiva elevação neste segundo semestre de 2010. Embora ainda estejam distantes dos recordes atingidos em junho de 2008, os níveis de preços das commodities agrícolas e não agrícolas veem apresentando aumentos consideráveis nos últimos dois meses. No caso das commodities agrícolas, a alta tem sido generalizada como revela o índice mensal de preços de alimentos, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Elaborado a partir dos índices de preço de sete tipos de produtos - arroz, milho, trigo, sementes oleaginosas, açúcar, laticínios e carnes -, o índice de alimentos da FAO alcançou 197 pontos em outubro, ficando apenas 16 pontos abaixo do nível recorde verificado em 2008 (213 pontos em junho). De acordo com a FAO, a intensidade da elevação dos preços dos alimentos nos últimos meses é alarmante, pois se deu em ritmo superior ao aumento que levou ao pico de 2008.
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Tendência semelhante tem sido observada nos preços internacionais dos metais e das matérias-primas industriais de origem agropecuárias, como mostra a evolução do índice de preços das commodities primárias apurado pelo Fundo Monetário Internacional. O mesmo se verifica nos índices de preços à vista e futuros calculados pelo Commodity Research Bureau (CRB).
Diversos fatores explicam esse movimento ascendente das principais commodities. De um lado, houve forte aumento da demanda, em decorrência da recuperação da economia mundial sob a liderança chinesa. Como se sabe, a China, que registrou crescimento de 9,7% no terceiro trimestre, é grande importadora de commodities agrícolas como combustíveis e de metais de uso industrial. Embora na semana passada, o governo chinês tenha anunciado medidas para desacelerar a atividade econômica e conter a inflação ascendente, os analistas consideram que a demanda chinesa permanecerá forte, e crescente no caso de alimentos.
De outro lado, a oferta global não cresce no mesmo ritmo da demanda, em particular no caso das commodities agrícolas. Condições climáticas adversas em importantes países produtores resultam em oferta global mais apertada de alguns produtos em 2010, como cereais, açúcar e algodão. As intempéries que afetaram a safra de trigo, cevada e milho impulsionaram igualmente os preços internacionais da soja, em razão da relativa substitutibilidade dos produtos. Segundo a FAO, as previsões de safra 2010/11 para os cereais indicam que as condições globais de oferta continuarão insuficiente para atender a demanda mundial, o que se traduzirá em alta de preços no próximo ano.
Igualmente relevante para a alta dos preços internacionais das commodities é a especulação financeira, que voltou a ganhar fôlego em 2010 com a combinação de taxas básicas de juros reais próximas de zero nas principais economias industrializadas com a política de expansão monetária do banco central americano, que tem levado à depreciação do dólar e ao aumento da liquidez internacional. A maior participação dos fundos de hedge nestes mercados contribui tanto para exacerbar a alta dos preços nos mercados à vista como para o aumento da volatilidade.
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