faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Câncer de Mama: radioterapia intraoperatória reduz tempo e proporciona mais eficácia e conforto no tratamento

Article-Câncer de Mama: radioterapia intraoperatória reduz tempo e proporciona mais eficácia e conforto no tratamento

Woman hold pink ribbon for breast cancer awareness

Nos últimos anos, uma nova abordagem vem ganhando espaço no tratamento do câncer de mama: métodos cirúrgicos radicais estão sendo substituídos por cirurgias menos invasivas e de conservação da mama (BCS). Essa tendência também aparece na radioterapia. Os oncologistas estão deixando o plano de tratamento amplamente padronizado e adotando terapias individualizadas, como a Radioterapia intraoperatória (IORT), que leva em consideração os fatores de risco individuais e oferece mais conforto às pacientes. 

Produzido pela ZEISS, referência mundial em microscopia e tecnologias para a área médica, o INTRABEAM® é um equipamento de radioterapia intraoperatória revolucionário, que assegura um tratamento menos invasivo, garantindo que a pele e as estruturas mais profundas ao redor da área afetada sejam protegidas, além de fazer com que a aplicação da radioterapia tenha uma duração mais curta em comparação à metodologia tradicionalmente utilizada - de feixe externo (EBRT).

Indicado principalmente para câncer de mama, o tratamento acontece logo após a retirada do tumor, ainda no centro cirúrgico, desde que a paciente atenda aos critérios estabelecidos pelo cirurgião -como idade, tamanho do tumor, entre outros. Um aplicador em formato esférico é posicionado no leito tumoral e em seguida é iniciada a radioterapia direcionada somente nas áreas afetadas, permitindo a realização oncoplástica logo após o tratamento radioterápico.

Com duração de aproximadamente 30 minutos, a aplicação da radioterapia intraoperatória não oferece riscos à paciente ou à equipe médica, apresenta resultados clínicos equivalentes aos da técnica tradicional – que dura em média entre três e seis semanas - e promove a melhoria na qualidade de vida das pacientes, que retornam ao seu convívio social e às suas atividades cotidianas mais rapidamente. Além disso, o procedimento diminui os efeitos colaterais associados ao método convencional de radioterapia, como fadiga, vermelhidão na região, sensibilidade ou alteração na cor da pele, e reduz o tempo de radioterapia - o que tem efeito psicológico positivo na paciente, que não precisa se deslocar por várias semanas a um cenário cercado por outras mulheres doentes.

“A possibilidade de irradiar exatamente o local onde o tumor se encontra, garantindo que todo o tecido das áreas que o circundam seja irradiado também, já é por si só uma grande revolução, já que vários estudos mostraram que o maior índice de recorrência local se dá nesta região. Por outro lado, como a radiação intraoperatória é administrada em dose alta - que corresponde a até seis semanas da radioterapia tradicional - a eficácia do tratamento é ampliada e os efeitos colaterais na paciente são reduzidos”, explica a Dra. Fabiana Makdissi, Head do Centro de Referência da Mama do AC Camargo Câncer Center.

O equipamento é utilizado no tratamento do câncer em diversos hospitais do país, como AC Camargo Câncer Center (SP), Hospital Oswaldo Cruz (SP) e Instituto de Mastologia e Oncologia (GO). Além disso, as pacientes da rede pública podem usufruir da tecnologia por meio de parcerias entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os hospitais que contam com o equipamento, em conformidade com a Portaria n° 1.354/SAS/MS. Ao todo, mais de 30.000 mulheres em todo o mundo receberam tratamento IORT com excelentes resultados. 

Câncer de Mama

Radioterapia intraoperatória (IORT) para câncer de mamaAs estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) sobre a incidência de câncer de mama no Brasil em 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Em 2017, ocorreram 16.724 mortes de mulheres por câncer de mama no país.

Ainda segundo o INCA, o câncer de mama é o segundo tipo mais incidente no mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de casos novos de câncer e 627 mil óbitos pela doença em todo o mundo.

As estimativas de sobrevida mostram uma tendência de aumento em países desenvolvidos, mas ainda se observa uma grande disparidade global. Segundo o Concord-3 (ALLEMANI, 2018), no Brasil, as estimativas de sobrevida em cinco anos foram de 76,9% (de 2005 a 2009) e de 75,2% (de 2010 a 2014). Essa queda está ligada a fatores relacionados ao conhecimento da doença e às dificuldades de acesso das mulheres ao diagnóstico e tratamento adequados e oportunos, que resultam em diagnósticos tardios -quando a doença encontra-se em estágio mais avançado.

Outubro Rosa: o ‘Outubro Rosa’ é uma campanha de conscientização que busca alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Tem como símbolo o laço cor de rosa e surgiu na década de 1990, em Nova York (EUA). Hoje, é celebrado mundialmente.

Sobre a ZEISS

A ZEISS é uma empresa internacional líder em tecnologia do setor de óptica e optoeletrônica. Para seus clientes, a empresa desenvolve, produz e distribui soluções altamente inovadoras em metrologia industrial e controle de qualidade, soluções em microscopia para pesquisa em ciências da vida e materiais e soluções em tecnologia médica para diagnóstico e tratamento em oftalmologia e microcirurgia.

Há 90 anos no Brasil, a ZEISS tem sede com planta fabril em Petrópolis, Rio de Janeiro, e mais de 11 filiais pelo país, empregando diretamente 750 pessoas. A Fundação Carl Zeiss, uma das maiores fundações alemãs comprometidas com a promoção da ciência, é a única proprietária da sociedade holding Carl Zeiss AG.