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10 tecnologias que estão mudando o tratamento da diabetes

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- Shutterstock
Organizações de saúde recorrem à tecnologia para reduzir o abrangente e caro impacto da doença. Em 2012, redução na produtividade custou US$ 69 bi

Fornecedores de serviços de saúde, investidores e pacientes esperam que novas tecnologias e mudanças no engajamento de pacientes e na saúde populacional ajudem os 29,1 milhões de diabéticos dos EUA a lidarem com sua condição e reduzirem custos relacionados com esta perigosa e cara doença.

Em 2012, o diagnóstico de diabetes custou US$ 176 bilhões, e a redução na produtividade custou outros US$ 69 bilhões, de acordo com o Centro de Controle de Doenças. Depois de ajustar as diferenças de acordo idade e gênero, a média de despesas médicas para pessoas com diabetes foi 2.3 vezes mais alta do que seriam sem a doença, relatou a Associação Americana de Diabetes.

Mais de 1.5 milhão de americanos têm diabetes Tipo 1; mas a grande maioria dos casos é de diabetes Tipo 2, que geralmente está relacionada com a obesidade. Nos casos Tipo 2, os pacientes ainda produzem insulina e podem melhorar com mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. Se não diagnosticada, a diabetes pode levar a complicações médicas e até à morte.

Sem a atenção necessária, os casos de diabetes nos EUA irão crescer abastecidos pela dieta rica em açúcar e alimentos processados da população, de acordo com o Dr. Brett Osborn, autor do livro
Get Serious: A neurosurgeon’s guide to optimal health and fitness, em entrevista à InformationWeek EUA.

“Mais de 30% das reservas do Medicare vai para os diabéticos e/ou complicações relacionadas à doença. Assim como a diabetes ou, mais especificadamente, a “resistência à insulina”, terá relação com muitos outros processos de doenças – por exemplo, o Mal de Alzheimer também é conhecido como “diabetes Tipo 3”, já que uma das bases da doença é a resistência à insulina”, disse ele.

Em um esforço para melhorar a saúde, reduzir gastos e desacelerar futuros casos, provedores de serviços de saúde estão educando pessoas que não têm diabetes para que evitem a condição, usando novas e outras já estabelecidas ferramentas que ajudam diabéticos a terem uma vida mais saudável.

Essas pessoas são influenciadas pela transição de serviços de saúde para o engajamento de pacientes – com o crescimento do uso de portais de paciente, aplicativos móveis e com a criação de comunidades focadas em saúde – além da saúde populacional, que considera os diversos fatores que forma a saúde individual e geral da população.

No Cities for Life, um programa de gerenciamento de diabetes, que tem o apoio do Sanofi US e é conduzido pela Fundação da Academia Americana de Clínicos Gerais, os pacientes se conectam aos recursos da comunidade para monitorar suas condições. Parceiros da Universidade do Alabama buscaram recursos em igrejas locais, ACMs, academias e outros locais, e então criaram um banco de dados e um website – MyDiabetesConnected.com – onde residentes podem encontrar mercados de produtos naturais, programas de exercícios e outros itens que conduzem a uma vida mais saudável.

“Obviamente, o que acontece nos consultórios médicos é muito importante, mas os pacientes precisam levar adiante o que foi combinado com o médico ao longo do ano todo”, disse o Dr. Edwin Fisher, diretor global de Pessoal para Progresso na Fundação da Academia Americana de Clínicos Gerais. “Realmente precisamos de abordagens abrangentes que juntem cuidados clínicos, cuidados comunitários, suporte social, amigos e vizinhos para ajudar os diabéticos a viverem melhor e a cuidarem melhor da saúde”.

Cada vez mais, os cuidados envolvem tecnologia.

Informações que chegam de medidores de glicose oferecem a desenvolvedores, pesquisadores, médicos e outros membros do mundo da saúde uma imensidão de dados para análises, que podem oferecer insight para novos tratamentos ou dispositivos. Centenas de diabéticos também usam mais de 1.000 aplicativos já disponíveis para monitorar e gerenciar a condição, alimentando soluções de big data e de melhorias em saúde.

“Essencialmente, o monitoramento mais agressivo – implantável e contínuo – irá levar a um controle mais restrito da glicose. O que resulta na redução da formação de produtos avançados de glicação e na diminuição de ocorrências inflamatórias (os danos e efeitos colaterais associados à diabetes)”, disse Osborn. “O Google deve lançar um monitor de glicose baseado em lentes de contato nos próximos anos. Isto permitirá o monitoramento em tempo real da glicose no sangue, oferecendo, basicamente, um número sobre o qual a pessoa pode agir rapidamente. O tratamento agressivo logo no início é essencial – embora a prevenção seja o ideal”.

Empresas de tecnologia estão se aventurando no mercado de diagnósticos e tratamento. Os pacientes podem usar smartphones para monitorar suas condições. Além das lentes de contato do Google, ainda em desenvolvimento, outras empresas estão criando pâncreas biônicos e explorando genomas para controlar diabetes.

Vamos ver alguma das tecnologias atualmente em uso, e conte-nos o que sua organização está fazendo para ajudar pacientes diabéticos a controlar gastos e melhorar a saúde.


Lentes inteligentes


No começo desde ano, o Google revelou seu projeto de lentes de contato inteligentes, “desenvolvidas para medir níveis de glicose nas lágrimas por meio de um minúsculo chip wireless e um sensor de glicose em miniatura embutidos entre duas camadas de material de lente de contato”. O desenvolvedor também está investigando a possibilidade de luzes de LED integradas apontarem quando o nível de glicose tiver ultrapassado ou estiver muito abaixo dos padrões.

“Estamos conversando com o FDA, mas ainda há muito trabalho pela frente para tornarmos essa tecnologia em um sistema que as pessoas possam usar. Não vamos fazer isso sozinhos: planejamos buscar parceiros especializados em levar esses produtos ao mercado”, escreveram os co-fundadores do projeto, Brian Otis e Barbara Parviz, no blog do Google. “Esses parceiros usarão nossa tecnologia para uma lente de contato inteligente e para desenvolver aplicativos que tornem os resultados do medidor disponíveis para usuário e seu médico”. 


Pâncreas biônico 



Engenheiros da Universidade de Boston criaram um sistema fechado de pâncreas biônico, que usa monitoramento contínuo de glicose e entrega subcutânea de insulina e glucagen de ação rápida, como indicado por um algoritmo.

O sistema, atualmente sendo testado em pacientes com diabetes Tipo 1 no Hospital Geral de Massachusetts, pode, um dia, tornar realidade o controle automático da glicose no sangue, de acordo com o blog do desenvolvedor.

O pâncreas criado pelo homem toma uma decisão sobre as doses de insulina e glucagen a cada cinco minutos. Pâncreas biônicos anteriores não eram capazes de administrar glucagen, que aumenta a glicose no sangue em caso de hipoglicemia.

“Alcançar e manter concentrações quase normais de glicose no sangue é crítico para o longo prazo da saúde do diabético. Infelizmente, a terapia necessária para alcançar este objetivo é extremamente exigente, e demanda verificações frequentes do nível de glicose no sangue e múltiplas injeções diárias de insulina ou o uso de uma sonda de insulina”, escrevem os pesquisadores. “Mesmo com os melhores métodos atuais de administração de insulina, é quase impossível evitar completamente a hipoglicemia ou a hiperglicemia”.


Melhor aderência ao medicamento

A Accountable Care Organization of Greater New York (ACCGNY) e a AllazoHealth são parceiras em um projeto-piloto que busca melhorar a aderência aos medicamentos entre os beneficiários do Medicare na ACCGNY. Muitas das pessoas nesse grupo são idosas e/ou tem deficiência mental ou física, e muitos deles têm múltiplas condições, incluindo diabetes, hipertensão, epilepsia e/ou hiperlipidemia. O piloto, que recebeu em 2014, US$ 91.914 de patrocínio do Pilot Health Tech NYC, irá utilizar o AllazoEngine, da AllazoHealth, para determinar quais pacientes têm mais em risco de não tomar os medicamentos receitados e para prever quais intervenções são mais prováveis para promover a aderência.

Equipes clínicas irão utilizar esses resultados para entregar intervenções de pacientes por telefone ou visitas pessoais. A ferramenta analítica baseia seus resultados nos dados de queixas registradas no ACCGNY. Além de reduzir gastos médicos, o piloto deve melhorar os cuidados aos pacientes diabéticos dependentes da insulina.

“Nosso objetivo é oferecer tratamento de alta qualidade, com preço acessível, aos nossos beneficiários Medicare. A parceria com a AllazoHealth nos oferece as ferramentas para melhorar a aderência de nossa população aos medicamentos e a reduzir custos médicos”, disse Gabriel Luft, diretor executo da ACCGNY, em uma declaração.

Mentores virtuais


Ex-jurado do American Idol, Randy Jackson se juntou a empresa de bem-estar e saúde digital, Everyday Health, para criar recursos voltados para o consumidor sobre diabetes em uma plataforma chamada “Diabetes Step by Step” [Diabetes passo a passo].

Jackson oferece blogs, vídeos e um programa de conscientização sobre diabetes, que deve ser exibido em algumas cidades dos EUA até Novembro – Mês da Diabetes nos EUA.

Jackson, que foi diagnosticado com diabetes Tipo 2 em 1999, escreveu sobre sua experiência em Body With Soul: Slash Sugar, Cut Cholesterol, and Get a Jump on Your Best Health Ever. Ele também tem atuado como porta-voz da campanha “Heart of Diabetes”, do American Heart Association. “Diabetes é uma questão muito próxima de mim e essa é uma ótima oportunidade de educar as pessoas sobre a prevenção e o controle da doença”, disse Jackson em uma declaração.

Monitores Inteligentes


Eles já foram máquinas enormes e pesadas, hoje, os monitores de glicose são tão portáteis quanto um iPhone. Fornecedores como o Gmate, integram um aplicativo e um medidor inteligente que se conecta a entrada de fone do iPhone, e mede e exibe os níveis de glicose no sangue do paciente.

O Gmate Smart é compatível com as versões 3GS, 4, 4S e 5 do iPhone; com o iPod Touch de 4ª geração; além do iPad e iPad 2. O usuário baixa o aplicativo no iTunes, insere o dispositivo da Gmate e a faixa de coleta, aplica a amostra de sangue e vê os resultados na tela do dispositivo Apple.

Big Data


Pesquisadores, investidores e fornecedores estão explorando as conexões entre um host de possíveis causas e efeitos da diabetes graças às poderosas e baratas ferramentas de análises de big data. A ação para acabar com silos e combinar diversos estudos e pesquisas para buscar tendências em piscinas maiores de casos está gerando programas-piloto, realojamento de recursos e benefícios adicionais.

A startup Databetes, fundada por uma pessoa com diabetes Tipo 1, utiliza uma abordagem direcionada por dados para o monitoramento da diabetes, que combina aplicativos e smartphones, assim como dados de alimentos e estilo de vida, para ajudar pacientes a gerenciar a condição. A Explorys e a Accenture estão colaborando em uma iniciativa para melhorar a abordagem da saúde populacional para cuidados com diabetes.


Aplicativos de gerenciamento


Existe mais de 1.100 aplicativos, entre iOS e Android, desenvolvidos especialmente para pessoas com diabetes. Eles incluem livros de receitas e uma grande variedade de aplicativos de gerenciamento, que ajudam os diabéticos a monitorar insulina, exercícios e ingestão de açúcar.

O Glooko, por exemplo, permite que o paciente baixe leituras de teste de glicose no smartphone, integre dados de alimentação e estilo de vida e compartilhe essas informações com profissionais médicos. O Glooke também disponibiliza dados relacionados à diabetes e análises para provedores de serviços de saúde e investidores para apoio a pesquisas sobre a doença. O Diabetes Pilot registra glicose, insulina e outras medidas; monitora nutrientes ingeridos; inclui um banco de dados de alimentos; e permite que o usuário compartilhe os dados com provedores de serviços de saúde.

E o GlucoseBuddy, para iOS, permite que usuários registrem refeições, exercício, níveis de insulina e compartilhe os registros com os médicos.


Logging automático 


Como parte do Data Design Diabetes Sanofi US Innovation Challenge2013, a Common Sensing desenvolveu o GoCap, uma tampa que monitora insulina e se conecta, de modo wireless, a um smartphone. Uma tampa substituta para os frascos de insulina, o GoCap lê a quantidade e a frequência da insulina, então se comunica, via Bluetooth, com um telefone ou um medidor de glicose conectado, relatou o HIT Consultant. 


Aplicativos para cuidadores


Desenvolvedores oferecem diversas ferramentas para pessoas que cuidam de indivíduos com diabetes, assim como para os pacientes em si. Desenvolvedores como Dexcom, Medtronic, Glucose Buddy e a Associação Americana de Educação sobre Diabetes oferecem aplicativos com treinamentos, educação e outros tópicos para cuidadores.

Telemedicina


A telemedicina pode ajudar os diabéticos a economizar tempo e dinheiro, e pode ajudar sistemas de serviços de saúde a melhorar a saúde populacional e a rentabilidade.

Por exemplo, a Centro Médico da Universidade do Mississippi, o Centro Médico North Sunflower, a GE Healthcare, a Intel-GE Care Innovations e a C-Spire formaram o Diabetes Telehealth Network – um programa de cuidados remotos de 18 meses para atender regiões com alta porcentagem de pacientes diabéticos. O Centro de Diabetes Joslin, da Universidade de Harvard e a American Well se juntaram para entregar serviços remotos de telemedicina para diabéticos por todo o território norte americano.