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Viva o Corinthians, e vamos aprender com ?eles?

Article-Viva o Corinthians, e vamos aprender com ?eles?

Embora seja são paulino, vejo na vitória do Corinthians pelo menos dois aprendizados que podem ser transportados para todos nós que trabalhamos em empresas de saúde (bem como em outros setores). Primeiro podemos ver o poder que a força de vontade dir

Sou são paulino desde que nasci. Meu pai colocou duas chuteiras pequenas com o símbolo do São Paulo na porta do meu quarto na maternidade. Entretanto, hoje, domingo, 16 de dezembro de 2012, a 5 dias do chamado ?fim do mundo?, torci fortemente pelo Corinthians e vibrei com o fato deles terem sido campeões.

Vejo neste fato muitos aprendizados que podem ser transportados para todos nós que trabalhamos em empresas de saúde (bem como em outros setores). Se tivéssemos que dar um nome para a campanha deles, provavelmente a que mais se adequaria seria garra. Essa determinação, essa força de vontade direcionada, move montanhas e torna tudo possível. A garra estampada em cada jogador. A garra estampada na torcida, que foi em massa para o outro lado do mundo dar o seu apoio, a sua força, para que o time atingisse a meta.

Poderia escrever aqui alguns ?mas? e ?porém?, mas conscientemente escolho ficar quieto e apenas realçar aquilo que é real e que realmente importa neste momento, que é o fato de que o Corinthians é campeão do mundo e que merece todos os parabéns. Não devo dar espaço para qualquer maledicência, que é fruto da inveja. Estou feliz por ver a alegria dos corintianos e quero festejar o sucesso dos meus amigos.

Parece simples, mas para isso preciso estar atento e ir além de alguns condicionamentos. Se meu pai estivesse vivo, provavelmente não aprovaria o seu filho feliz pelo sucesso do Corinthians. Entretanto, mesmo tendo todo o respeito por ele, preciso agir com consciência e quebrar crenças que me mantém preso em conflitos, em disputas, dominado pelo o que posso chamar de meu ?eu inferior?. Hoje é dia de aplaudir o sucesso do outro. Viva o Corinthians!

Se você prestou atenção verá que eu usei de forma didática a palavras ?eles? para me referir aos corintianos. Se existem eles, é porque existem ?nós?, separados, em lados diferentes. Essa é uma forma de expressão que pode ter muitos significados. Recentemente estive em um grande laboratório de análise clínica e ouvi da atendente algo como: ?eles não sabem e dão a informação errada?. Ela estava se referindo ao pessoal do atendimento telefônico da própria empresa. Essa visão separada é terrível e só gera problemas, mas isso é tema de outro artigo. Só citei este ponto para dizer que mesmo não sendo eles, hoje eu estive junto deles.

Se ainda não ficou claro, vamos a pelo menos dois aprendizados que esta vitória traz e que podemos levar para as nossas empresas. Primeiro podemos ver o poder que a força de vontade direcionada tem. Os próprios corintianos se chamavam de loucos. Isso significa que estavam tomados pela emoção. Em um linguajar empresarial, chamamos isso de engajamento. Esse engajamento surge quando temos um propósito claro e comum. Assim, é fundamental investir neste propósito, envolvendo toda a equipe intelectual e emocionalmente. E isso não se faz de uma hora para outra. É preciso constante trabalho para criar e manter esta chama acesa.

O segundo é que é hora de comemorar o sucesso do outro. Muitas vezes temos dificuldade de dar o devido valor ao outro, porque queríamos isso para nós. Não há nada de errado em querer ser campeão do mundo, mas devemos reconhecer e dar força quando vemos o outro brilhar, seja por um aumento de salário, um novo cargo ou um simples parabéns que ele ganhou do chefe. Esse reconhecimento, além de merecido, evita conflitos e alimenta a harmonia, o que traz benefícios diretos nos resultados da empresa como um todo.

Para finalizar, quero dizer que o fato de valorizar o Corinthians, não me torna menos são paulino. Viva o Corinthians! E viva o São Paulo!