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Sistemas para Recursos de Glosa

Article-Sistemas para Recursos de Glosa

Estamos chegando no ?pico da oportunidade de negócios? das empresas integradoras de informações.Deveríamos estar focados na melhoria de processos assistenciais, promovendo a saúde, mas infelizmente passamos a maior parte do nosso tempo informatizando a insanidade do relacionamento comercial entre operadoras e prestadores de serviços ? nosso filhos e netos certamente terão orgulho de nós !Há poucos anos atrás a forma de troca de informações entre hospitais e operadoras não era padronizado e todos reclamavam, mas tudo funcionava ? cada um fazendo do seu jeito, mas funcionava.A implantação TISS, que era para simplificar:

  • para os hospitais, médicos e pacientes não trouxe benefício algum ? tornou-se mais uma fonte de produção de papéis inúteis que ninguém afere, e só servem para dar lucro às empresas de arquivo;
  • sistematizou a entrega de informações no sentido do hospital para operadoras, mas não implicou no retorno automático das glosas ? serviu apenas como pretexto para eliminar a digitação das contas nas operadoras, mas isso já acontecia quase na totalidade mesmo na fase pré-TISS;
  • em resumo: se colocar na ponta do lápis, os custos envolvidos são muito maiores que os benefícios, mesmo para as operadoras.
Depois a implantação TUSS ... um absurdo ... uma lei ainda não cumprida, que tenta padronizar os produtos vendidos pelos hospitais às operadoras, como se os hospitais fossem todos iguais:
  • TUSS é algo tão absurdo como tentar padronizar o código dos carros produzidos pelas montadoras, como se fossem todos iguais já que são carros (001 = popular 1.0 - 002 = popular 1.0 com ar e direção - 003 = sedã 1.4 ...) !
  • O que é realmente viável de padronização já foi feito com as tabelas AMB, Brasíndice e Simpro ? TUSS é pura perda de tempo e custo;
  • As empresas de software estão se deliciando com a insanidade das tabelas de x para, agrupamento de códigos, e mais uma infinidade de customizações pagas pelos hospitais e operadoras ... embora sendo repetitivo: um absurdo.
Bem ... quando a gente acha que chegou no ?fundo do poço? descobre que sempre tem alguma força nos levando mais próximo ao ?centro da terra?.Agora são as operadoras desenvolvendo sistemas próprios para que os hospitais alimentem os recursos de glosa via web ? cada uma com o seu sistema, com informações e codificações diferentes de glosas e motivos e, novamente, sem nenhum benefício para o prestador que terá que continuar a produzir seus controles internos, além de alimentar dezenas de sistemas de outras empresas.O que realmente está acontecendo ?O modelo de relacionamento comercial entre operadoras e prestadoras não serve ? não presta ? não deu certo ? e tudo que se faz é remendar um cobertor pequeno que quando cobre o pé descobre o pescoço e vice-versa.E a ANS ao invés de redefinir o modelo comercial, fica editando normas e mais normas para alimentar a ?relação de desconfiança? que existe entre operadoras e prestadores.A cada nova regulamentação da ANS a gente só tem certeza de uma coisa:
  • Vamos produzir mais um monte de papel em volume tão grande que nem a população mundial inteira teria tempo para ler.
O custo da gestão das contas e glosas vai crescendo e alguém tem que pagar, senão tanto a operadora quanto os hospitais vão à falência ? no fundo, o custo assistencial cresce com burocracia ao invés de crescer pela inovação, qualidade, eficácia ...Iniciamos dizendo que estamos no ?pico da oportunidade de negócios? para empresas de software que estão desenvolvendo os sistemas das operadoras, e as integrações com as dezenas de diferentes sistemas hospitalares do mercado.A cada dia isso se torna mais intolerável ? o pico vai cair. Quando algo em saúde não interessa realmente nem para a operadora nem para o prestador é uma questão de tempo e bom senso.E vai cair porque uma hora ou outra a ANS será obrigada a redefinir o modelo de relacionamento entre operadoras e prestadores.A ANS não poderá sobreviver como ?órgão normatizador do caos? ? um dia vai ter que assumir seu papel de organizador para viabilizar o sistema de saúde privada.