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SAÚDE É UM ATO POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL!

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Caros amigos, em primeiro lugar, desejo que todos tenham passado um excelente período de festas com seus familiares e amigos.Que 2011 seja um ano positivo para todos nós.Nesse recesso de fim de ano, não pude evitar de continuar a refletir sobre o setor de Saúde em nosso Brasil. Li muito sobre as tendências em cada setor regulado pela ANVISA. Alguns seguirão como forte objeto de investimentos, enquanto outros tiveram suas possibilidades aniquiladas por novas regulamentações. Estas têm que ser revistas com urgência.O cerne da questão é que Saúde é muito mais do que simplesmente uma boa prestação de serviços de saúde, fabricação e/ou a importação de bons produtos. A questão da Saúde passa pela vontade política, estabelecimento de metas claras por parte do governo, regras factíveis e não somente para gerar um protecionismo que só atrasa o país, geração de um ambiente favorável (de verdade) ao desenvolvimento da indústria nacional, com a possibilidade de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, formação de pessoal, melhoria da cadeia produtiva com menor incidência de impostos (inclusive o IPI que é uma herança da época do Brasil colônia), utilização mais inteligente e de forma integrada do parque tecnológico instalado no país, entre outros. Há que se analisar e se propor soluções em extensão e em profundidade. Hoje, infelizmente, boa parte da política pública trata temas importantes somente na superficialidade. É como pintarmos a fachada de um prédio com as fundações abaladas, na esperança de que tudo se resolva. Assim como o país espera há tempos por uma reforma política, tributária e trabalhista (para começar), também devemos cobrar a reforma da Saúde, mas num escopo bem amplo, que vá das matérias primas aos produtos acabados, da formação médica (Médicos, Biomédicos, Farmacêuticos, Enfermeiros, Tecnólogos em Saúde, Nutricionistas, Psicólogos, Fisioterapeutas, Engenheiros Clínicos e Biomédicos, entre tantos outros) ao atendimento nos Hospitais, Laboratórios e Clínicas, do estudo das necessidades de uma região específica à construção e utilização inteligente dos espaços nos hospitais, da necessidade específica de matérias primas, partes, peças e componentes à uma cadeia inteligente de tributação que incentive a produção e/ou importação, enfim, um planejamento de Estado e não de governo. O Brasil precisa de um projeto para o país, que beneficie a população e o setor Regulado, com a geração de empregos, divisas e dividendos de longo prazo que reflitam num crescimento positivo do setor de Saúde. E, diga-se de passagem, não faltam talentos a quem o governo possa consultar, em todas as áreas de incremento de melhorias. O Brasil prima por profissionais bem preparados!