faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Reformar o Modelo de Atenção ou Reformar o Modelo de Remuneração? Bases para iniciar a discussão.

Article-Reformar o Modelo de Atenção ou Reformar o Modelo de Remuneração? Bases para iniciar a discussão.

Para quem tem acompanhado a coerência das minhas publicações, já ficou claro que tanto a reforma do modelo de atenção como a do modelo de remuneração são premissas para a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar em nosso país.

Nosso grupo tem proposto claramente que o ideal é começar pelo modelo de remuneração, pois vários estudos tem demonstrado que o modelo de remuneração influencia diretamente o comportamento dos prestadores de serviços de saúde.

No entanto, não se pode perder de vista a necessidade de uma profunda reforma na lógica atual da atenção que é prestada aos beneficiários da saúde suplementar. Obviamente que deixaremos um pouco a atenção prestada aos usuários do SUS, pois o modelo aqui aplicado é muito mais adequado e lógico que o atual modelo da saúde suplementar. O SUS, indiscutivelmente, é um dos melhores modelos de medicina socializada que temos no mundo. O problema está na quantidade de recursos destinados, na eficiência alocativa, eficiência  técnica e na capacidade de gestão em todos os seus níveis. Mas este é um assunto para outra hora.

A atual lógica da atenção à saúde dos beneficiários de planos de saúde tem se demonstrado nociva para todo o sistema. Países que adotam modelos semelhantes tem buscado fugir desesperadamente deste  modelo por evidências de que o sistema não se sustenta. Custos crescentes, baixa qualidade da assistência, iniquidade em todos os níveis, uso de desincentivos perversos, dentre outros.

Os problemas do modelo atual são sistêmicos e como já cansamos de falar: ações pontuais para resolver problemas sistemicos, só os agravam.

O desafio está em saber quais ações priorizar e em como fazer. Muitas discussões que tenho acompanhado trazem modelos de outros países, conceitos teóricos, mas com pouca aplicabilidade prática à nossa realidade.

Os temas que discorreremos a partir de agora trarão discussões das melhores estratégias que temos observado na prática, inclusive com resultados que nos farão parar para pensar. Vale ressaltar que não fugiremos no tema ?Pagamento por Performance?, apenas o tornaremos mais abrangente, até porque, no modelo que temos propostos, a lógica de avaliação e remuneração por desempenho é condição para o sucesso da reforma.

Aos meus colegas que acompanham meus artigos, peço que continuem contribuindo, façam as críticas e tragam suas experiências para que  possamos divulgar e discutir com todos.