Em um País que conta com uma população de 202,7 milhões de pessoas, distribuídas em mais de 5.570 municípios, levar serviços de saúde a todos os locais é um grande desafio. Além de mão de obra e recursos em grande escala, é preciso assegurar uma infraestrutura mínima em regiões remotas, como é o caso da Amazônia, onde populações vivem às margens dos rios e cujo acesso se dá essencialmente por meio de transporte fluvial.
Todas as possíveis emergências precisam ser mapeadas antecipadamente, a fim de provisionar, armazenar e disponibilizar adequadamente tudo o que se faça necessário para uma boa assistência médica.
Esse desafio está sendo enfrentado pelo Governo Federal, com o Programa de Construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). No ano passado, foi inaugurada a primeira UBSF do Amazonas, batizada de Igaraçu, para atender as populações ribeirinhas dos rios Madeira, Madeirinha, Autaz-Açu, Canumã, Abacaxis e Sucunduri.
Na extensão da embarcação, que tem 24 metros de comprimento, a unidade conta com consultórios para atendimento médico, de enfermagem e odontológico. Também possui farmácia, laboratório e salas de vacinas, curativo, coleta de material e esterilização. O corpo profissional é composto por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e de laboratório, dentista e auxiliar ou técnico de Saúde Bucal, além dos agentes comunitários de saúde que residem e exercem suas atividades nas comunidades próximas aos rios.
Para que todo esse aparato seja mantido em funcionamento, é preciso contornar obstáculos como adversidades do clima e dificuldades de transporte. Qualquer falha tem um impacto de tempo e custo muito maior do que em unidades próximas aos centros urbanos. Por isso, somente um bom projeto logístico pode garantir o que temos como mantra: que o paciente certo receba o medicamento na dose e hora certas.
Mayuli Fonseca, Diretora de Novos Negócios da UniHealth Logística Hospitalar -