Infelizmente, em todo mundo, são corriqueiros os casos de erro médico e displicência na administração de remédios e insumos nas unidades de saúde. Muitos gestores ainda não se deram conta do quanto é importante investir em uma boa e eficiente logística hospitalar. Essencial garantir que aqueles produtos de uso básicos estejam sempre disponíveis, na hora e no lugar em que se façam necessários, ao menor custo possível. Para tanto, é necessário articular recursos humanos, materiais e tecnologias.
Aqui no Brasil, chama atenção o trabalho realizado no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Lá, tudo mudou nos últimos três anos. Um exemplo de que, com investimentos pesados em alta tecnologia, é possível reduzir custos, desperdício e oferecer mais segurança aos pacientes na hora da medicação.
Para se ter uma ideia, já no almoxarifado, todos os insumos e remédios são etiquetados com códigos de barras únicos e bidimensionais. Mecanismo que traduz a preocupação em agilizar o atendimento do paciente e assegurar que ele está recebendo o tratamento adequado.
Antes do envio para as áreas técnicas, todos os medicamentos são fracionados na sua unidade mínima de consumo e são novamente etiquetados com códigos de barras no padrão datamatrix, para garantir a rastreabilidade de cada item até chegar ao paciente.
Isso sem contar as vantagens para a administração do hospital. No Ipsemg, só os gastos com estoque caíram 36% e as perdas tiveram uma diminuição de 34%. É um trabalho que prova que com a logística hospitalar a gestão de unidades de saúde se torna mais transparente e é possível proporcionar um atendimento correto na rede pública brasileira.
