O governo federal anunciou no dia 21 de junho último, a suspensão da cobrança de alguns impostos federais sobre o pão francês e, com esta medida pretende estimular o seu consumo que vem apresentando queda, além de algum impacto nos indicadores de inflação da economia. Esta desoneração levará a uma certa redução no preço do pão francês no varejo.
De acordo com a pesquisa de orçamento familiar do IBGE, o consumo per capita de pão foi de 53g/dia. Cada pão francês tem, em média, 50g, mas apresenta cerca de 320 mg de sódio (conforme publicação recente da ANVISA). Deste modo, este alimento contribui bastante para a elevada ingestão de sódio no Brasil que chega a 12 gramas por dia. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de 5g por dia. Sabemos que o sódio pode contribuir para doenças renais, cardíacas e hipertensão arterial. Esta situação é mais relevante se considerarmos os dados da OMS (World Health Statistics 2013) que revela que 39% dos homens e 26% das mulheres são hipertensos. Além disso, o pão francês é composto basicamente de farinha de trigo, água, sal e fermento biológico contribuindo, portanto de maneira limitada para a alimentação saudável. Questões relacionadas a saúde deveriam ser consideradas, além dos fatores econômicos na tomada de decisão em políticas públicas.
