A análise de medicamentos oncológicos para inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) ganhou um reforço significativo. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançou recentemente o documento “Implementação do Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar”. A iniciativa tem como objetivo tornar o processo de incorporação de medicamentos mais transparente, eficiente e acessível aos pacientes com câncer. 

Para André Sasse, oncologista clínico, membro da diretoria da SBOC e diretor responsável pela criação do índice, o material funcionará como um guia prático para gestores e tomadores de decisão. “Trata-se de um modelo bem fundamentado, que busca direcionar as decisões de forma eficiente e, muitas vezes, mais econômica”, afirma. 

Critérios de priorização 

A seleção de medicamentos no índice considera seis critérios principais: 

  1. Benefício clínico; 
  1. Necessidade clínica não atendida; 
  1. Carga da doença; 
  1. Alinhamento com a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS); 
  1. Custo-efetividade; 
  1. Impacto orçamentário. 

“Esses critérios fornecem informações essenciais para os tomadores de decisão”, explica Sasse, reforçando o foco em escolhas embasadas em evidências científicas. 

Monitoramento contínuo 

O índice será monitorado e avaliado regularmente, permitindo ajustes que garantam sua eficácia para pacientes e para o sistema de saúde como um todo. “O documento busca promover decisões mais assertivas sobre a incorporação de medicamentos, especialmente no SUS, alinhadas às reais necessidades dos pacientes oncológicos no Brasil”, conclui Sasse.