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Vagas de empregos evoluíram 12,4 % na área da saúde nos últimos 2 anos

Article-Vagas de empregos evoluíram 12,4 % na área da saúde nos últimos 2 anos

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Já foi finalizado o primeiro capítulo do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil Edição 2020, que tabula informações do CNES sobre Recursos Humanos.

Para quem não tem intimidade sobre o assunto: é possível tabular nas empresas cadastradas no CNES os postos de trabalho relacionados às profissões nativas da área da saúde (médico, dentista, enfermeiro, etc.) e das que não são nativas da área (recepcionista, segurança, contador, etc.)

No geral, entre 2017 e 2019, a evolução de 12,4 %, o que significa impressionantes 465.693 novas vagas em um período de extrema recessão econômica.

465.693 novas vagas de emprego ... 5.519 das 5.570 cidades brasileiras (99,1 %) não têm isso de número de habitantes !!! ... nada mal não acha ?

Me desculpe a ironia, mas se os governos (federal, estaduais, distrital e municipais) priorizassem a saúde, eles e a população em geral só teriam a ganhar – não só como melhoria de vida (saúde), mas como instrumento de desenvolvimento.

Infelizmente eles ainda pensam que somente indústria e construção civil geram empregos em massa. Observe a tabela:

Em quase 100 % dos grupos de famílias CBO da tabulação houve acréscimo significativo de vagas – somente em relação às profissões nativas do segmento não muito representativas em relação ao total (por exemplo: tanatopraxistas) se verifica retração !

Quando era jovem ouvia candidatos elegerem 3, 4 ... 5 prioridades de governo, e geralmente saúde era uma delas – assim o SUS foi construído !

Hoje nas campanhas eles apresentam 30, 40 ... 50 prioridades – a saúde está no meio delas ... tudo está no meio delas ... tudo é prioridade.

Com este volume de prioridades, evidentemente não existe prioridade alguma – saúde é um assunto como outro qualquer para eles ... na prática prioridade nenhuma !

O setor contabilizou, na tabulação pelo CNES, impressionantes 4.213.782 vagas de emprego – se considerar a população total (210 milhões), isso é 2 % da população.

Se considerar cerca de 50 milhões de empregos das estatísticas que medem os desempregados no Brasil ... 8,4 % de tudo aqui no Brasil está no segmento que mais emprega pessoas em profissões especializadas no mundo !

E isso são só os empregos diretos:

·         Os funcionários terceirizados de serviços de lavanderia, por exemplo, trabalham em empresas que não necessitam publicar seus dados no CNES;

·         Consultores (meu caso por exemplo) e prestadores de serviço não figuram no CNES;

·         Fabricantes de insumos (medicamentos, materiais, gases ...) não figuram no CNES;

·         Trabalhadores de empresas que fazem transporte de lixo

·         E mais uma infinidade de empresas que vivem em função da saúde, mas não são empresas do segmento que necessitam publicar dados no CNES.

Outro dado que pode surpreender quem não entende o segmento da saúde é ilustrado neste gráfico:

A maioria absoluta das empresas não costuma ter advogado no seu quadro de pessoal:

o   Geralmente utiliza a assessoria externa;

o   E costumam ter contrato com mais de um escritório, porque as assessorias costumam ser especializadas em determinados segmentos (civil, trabalhista, tributária ...);

o   Na saúde não é diferente;

Mas observe que o volume de advogados vinculados diretamente às empresas do CNES aumentou ... e muito:

o   No SUS 34,4 %;

o   Na Saúde Suplementar impressionantes 54,8 %

o   Em apenas 2 anos !!!

Não muito valorizada, a missão dos gestores de recursos humanos da área da saúde é desafiadora:

o   No CNES estão presentes nada menos que 1.323 profissões diferentes;

o   Mesmo simplificando, são agrupadas em 462 famílias CBO:

o   Médicos, por exemplo são apenas 3 dessas 462 famílias;

o   Mas existem dezenas de especialidades médicas ... cada uma com a sua história!

Fonte: Geografia Econômica da Saúde no Brasil

Sobre o autor

Enio Jorge Salu:

·  CEO da Escepti Consultoria e Treinamento

·  Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas

·  Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares

·  CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa

·  Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

·  Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas

·  Associado NCMA – National Contract Management Association

·  Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde

·  Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Própria

·  Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado