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Como vão trabalhar os 10 mil novos médicos até 2020?

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Publicitário especializado em temas de saúde afirma que a profissão não prepara os especialistas recém formados  para divulgar informação do próprio trabalho e atender seus primeiros pacientes.

Até o fim do ano que vem o Brasil deve ter cerca de 455.892 médicos formados. A previsão feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que haverá mais de 10 mil profissionais do que o estimado até o fim deste ano. Em 2019, segundo o Estudo de Demografia Médica, existirão 445.860 profissionais de saúde atuando em hospitais, clínicas e centros de saúde de todo o país. Mas com a economia em restrição, como as instituições de saúde receberão esses novos especialistas?

Profissão fundamental para a manutenção da saúde e dos cuidados com a vida de todas as pessoas, a Medicina não prepara os profissionais recém formados para divulgar o próprio trabalho e atender seus primeiros pacientes. Comunicar a especialidade de assuntos como disfunção erétil, plástica vaginal e proctologia no boca a boca ou nas redes sociais é mais um desafio para estes especialistas que não sabem como chegar a pessoas com estes problemas de saúde.

Celso Fortes,  publicitário, CEO da agência de comunicação digital Novos Elementos e especialista no desenvolvimento de aplicativos de saúde é testemunha das dificuldades de muitos autônomos em  abordar assuntos ainda recebidos com vergonha e incômodo pelas pessoas. Ele trabalha com a comunicação digital destes profissionais há mais de uma década e afirma que sua função tem sido reverter essa situação, tocando nos assuntos com respeito e transmitindo a competência dos clientes para resolver essas questões.

“Além da temática desafiante, alguns serviços são caríssimos o que assusta muitas pessoas. Também existem regras impostas por órgãos reguladores como o Conselho Federal de Medicina(CFM), bem como portarias das Sociedades de classes médicas, termos e condições das redes sociais e, claro, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar)”, posiciona Celso.

O especialista no assunto diz encontrar com muitos médicos recém formados e até alguns mais experientes preocupados com a falta de clientes. Ele aponta que no atual momento de restrição econômica muitas pessoas têm evitado procurar consultas de saúde para não gastar muito. O quadro, segundo Fortes, preocupa especialmente os médicos que mantém uma clínica própria, seja pela ausência do tratamento, a falta de informação e também a ausência de pacientes informados sobre suas condições físicas.

“Esses pacientes são verdadeiras bombas relógios. Muitos profissionais tentam divulgar por conta própria nas redes sociais, mas os resultados não aparecem. Likes em redes sociais quase não dizem muita coisa, afinal poucos se sentem a vontade de curtir e seguir assuntos tão íntimos. É preciso ter atenção e o estudo constante para sinalizar o acolhimento desses pacientes. Muitos tratamentos estéticos inviabilizam postagens, uma vez que o próprio Facebook impede automaticamente o impulsionamento de imagens que eles interpretam como nudez. Postagens sobre o famoso “antes e depois”, muito conhecido em revistas é algo proibido desde  2015 pelo Conselho Federal de Medicina. É preciso ter bom conhecimento sobre as normas éticas para realizar um trabalho responsável e oferecer saúde e bem estar dos paciente”, indica o especialista.