A Hapvida divulgou ontem (03), em evento voltado à imprensa, um plano de investimento de R$ 2 bilhões para ampliar sua rede própria de hospitais, centros médicos e unidades de pronto atendimento até 2026. Desse montante, R$ 630 milhões serão financiados com capital próprio da companhia, sendo R$ 1 bilhão destinado à região metropolitana de São Paulo. 

“Nosso objetivo é oferecer planos de saúde acessíveis e próximos, garantindo um atendimento localizado, pontual, preventivo, acolhedor e eficiente. Queremos que essas soluções se ajustem à realidade financeira das famílias e empresas que confiam em nós”, explicou o CEO da Hapvida, Jorge Pinheiro. 

O projeto prevê a construção de dez novos hospitais em diversas cidades do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus (AM), Fortaleza (CE), Recife (PE), Belém (PA) e Campo Grande (MS). A distribuição do investimento será realizada da seguinte forma: 

  • R$ 1 bilhão em São Paulo; 
  • R$ 340 milhões no Rio de Janeiro; 
  • R$ 218 milhões em Manaus; 
  • R$ 198 milhões em Pernambuco; 
  • R$ 115 milhões no Mato Grosso do Sul; 
  • R$ 48 milhões no Ceará; 
  • R$ 35 milhões no Pará.  

São Paulo 

Em São Paulo, serão construídos quatro novos hospitais, totalizando 706 leitos. Dois deles dedicados a um “serviço de saúde premium”, com infraestrutura de hotelaria, serviços personalizados, tecnologia de ponta e um atendimento diferenciado.  

Um dos hospitais, o Hospital Antônio Prudente, será localizado na Rua Doutor Afonso Baccari, na Vila Clementino. Com 250 leitos, a unidade será de altíssima complexidade, voltada ao público adulto, e contará com um moderno parque de diagnóstico, área oncológica, clínica para atendimento eletivo e cirurgias de alta complexidade.  

Novo Hospital Antônio Prudente, na Vila Clementino.

Já o Hospital Ibirapuera, situado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no Paraíso, terá vocação materno-pediátrica. Com capacidade para 250 leitos e um ambulatório de alta complexidade, a unidade também oferecerá serviços premium, combinando tecnologia avançada, hotelaria diferenciada e atendimento exclusivo. 

Além das novas construções, o plano de investimentos prevê reformas e reinaugurações, como a do Hospital Jardim Anália, localizado no bairro Anália Franco. Em Santo André, uma unidade avançada será transformada em hospital, enquanto o Hospital Cruzeiro do Sul, em Osasco, será ampliado. Atualmente, a Hapvida conta com 28 hospitais no estado de São Paulo. 

“Hoje, nossa posição de caixa é muito robusta. Não só temos uma base sólida para sustentar os investimentos atuais, como também acreditamos que a geração de caixa nos próximos semestres será suficiente para viabilizar todos os projetos e continuar nossa trajetória de desalavancagem contínua,” afirmou Luccas Adib, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Hapvida. 

Além dos hospitais, o plano também prevê a inauguração de 1 pronto-atendimento, 6 clínicas, 8 unidades de diagnóstico e 14 unidades de coleta laboratorial.  

Planos de saúde premium  

A operadora está apostando em planos de saúde com mensalidades mais elevadas. As novas unidades premium têm como objetivo fortalecer a integração dos serviços para clientes de planos de maior valor, que terão acesso a uma rede ampliada de hospitais, além das instalações próprias da Hapvida. 

Com a conclusão dos novos hospitais, a empresa planeja lançar produtos voltados para esse público, incluindo opções individuais, atualmente não disponíveis nos planos mais caros da operadora. 

Outras unidades no Brasil 

Além de São Paulo, outros estados vão ganhar novas unidades.  No Amazonas, serão um hospital e três clínicas. O Rio de Janeiro terá um hospital e três prontos atendimentos, enquanto o Pará contará com um hospital e uma ampliação de unidade. Ceará, Pernambuco e Mato Grosso do Sul terão uma nova unidade hospitalar em cada localidade. 

Cenário econômico favorável 

De acordo com Lucas Adib, o cenário econômico do Brasil é altamente favorável para que essa expansão aconteça, já que o país tem uma das economias que mais cresce no mundo, além de possuir a menor taxa de desemprego já registrada e 103 milhões de brasileiros ocupados. 

“Temos uma taxa de desemprego muito baixo, que favorece muito a venda de produtos corporativos. Assim como temos um aumento na ocupação dos brasileiros, são 103 milhões de brasileiros ocupados, o que faz com que eles tenham mais capacidade de comprar plano de saúde”, explicou.